O grande esforço humanitário dos missionários a trabalhar na Costa do Marfim está a ser facilitado por um clima de respeito e ajuda, por parte do Governo e dos rebeldes. “Os nossos camiões passaram sem nenhum problema através das linhas tanto do exército do governo como dos rebeldes, para levar ajuda e alimentação em regiões de conflito” disse à Agência Fides o Pe. Graziano da missão do Pime de Bahiakro, na Costa do Marfim. Os camiões que partiram a 26 de Fevereiro, levavam ajudas recolhidas na Itália para as populações afectadas pelos efeitos da guerra civil. “Há meses que as regiões em mãos dos rebeldes estão isoladas do resto do País e somente há pouco tempo conseguimos estabelecer os contactos e levar ajudas” explicou. Korhogo, Roissykro e Bouaké, foram as cidades aonde chegaram as ajudas alimentares, essenciais, para a sobrevivência na Costa do Marfim: “somente para os refugiados que assistimos directamente aqui em Bahiakro, precisamos de 20 toneladas de arroz cada 15 dias, porque cada 2 semanas distribuímos um cesto com 4 quilos de arroz por cabeça (267 gramas diárias). Até agora, o fluxo das ajudas permitiu-nos respeitar esta medida” – explicou o missionário. A formação do governo de unidade nacional trouxe ao país serenidade social e política, que permitiu aos missionários chegar com alimentos a um maior número pessoas. Enquanto não existiu, acolheram 35 mil refugiados na missão. Agora, são 6 mil pessoas.
