I Congresso Mundial de Crianças Contra o Trabalho Infantil quer encontrar soluções para este flagelo Apontar caminhos, dar sugestões e “exigir dos governos o cumprimentos das promessas sobretudo ao nível da educação” são os objectivos do I Congresso Mundial de Crianças Contra o Trabalho Infantil, a realizar em Florença, Itália, de 10 a 13 de Maio. Organizado pela Marcha Global Contra o Trabalho Infantil, esta iniciativa contará com cerca de 300 crianças das quais duas serão portuguesas. Nos dias seguintes ainda haverá actividades: no dia 14 de Maio uma marcha e os dois dias seguintes serão para “intercâmbios com instituições italianas” – disse à Agência ECCLESIA Teresa Costa, presidente da CNASTI (Confederação Nacional de Acção Sobre o Trabalho Infantil). Este congresso é o ponto de partida para um futuro melhor porque “a realidade do trabalho infantil é muito grave”. Existem países onde a situação” tem piorado a olhos vistos” – denuncia. E quantifica: “fala-se de 250 milhões de crianças que trabalham”. Segundo a presidente da CNASTI, no mundo uma em cada seis crianças trabalha em “condições de exploração”. Entre estas, estão os petizes indianos escravos por dívidas, os restavek do Haiti, os meninos de rua do Brasil e os que pedem esmola nas esquinas das nossas ruas. “No hemisfério sul a situação é mais grave” – alerta. O encontro mundial pretende ainda ser uma forma de pressionar as organizações de todo o mundo a apoiarem em concreto os programas destinados à eliminação do trabalho infantil, redução da pobreza, garantia do acesso à educação gratuita e de qualidade para todos.