Bento XVI deixa reflexão sobre a liberdade e o sentido da verdade no mundo de hoje, contra males como a pobreza, a droga ou o racismo Uma multidão de 25 mil jovens reuniu-se este Sábado em volta de Bento XVI, junto do seminário da Arquidiocese de Nova Iorque (EUA). O Papa apresentou uma reflexão sobre liberdade e o sentido da verdade no mundo de hoje, pedindo-lhes que erradiquem males como a pobreza, a droga ou o racismo. Partindo da experiência que teve durante o regime nazi, Bento XVI deixou votos de que esse “monstro” não volte a ensombrar a vida das pessoas e os jovens consigam eliminar a escuridão nos nossos dias. Mesmo na liberdade oferecida pela democracia, alertou, “continua a haver o poder de dstruir”. O nazismo, referiu, “baniu Deus” e por isso ignorou tudo o que fosse bom e verdadeiro. Hoje, disse o Papa, males como a toxicodependência, a pobreza, o racismo, a violência e a degradação das mulheres resultam também do tratamento das pessoas como objectos e da negação da dignidade humana dada por Deus. Para Bento XVI, a manipulação da verdade é “particularmente sinistra”. “Quando a liberdade não tem em conta a verdade absoluta, relegando-a para a esfera privada do indivíduo, o relativismo toma conta de tudo”, observou. Num discurso sublinhado por várias salvas de palmas, o Papa precisou que a verdade não é uma “imposição” ou um “conjunto de regras”, mas é, em última instância, “uma pessoa: Jesus Cristo”. Durante o encontro, num marcado clima festivo, Bento XVI recebeu várias prendas, dado ter feito anos recentemente, e ouviu os “Parabéns a você” em alemão, a sua língua natal. Antes deste grande encontro, o Papa reunira-se na capela do seminário com jovens portadores de deficiência e com as pessoas que deles cuidam, a quem lembrou que todas as pessoas têm diversos “talentos e dons” com os quais podem servir a sociedade.