Jovens envolvidos na organização da JMJ Lisboa 2023 destacam importância de celebrar a liberdade
Lisboa, 25 abr 2023 (Ecclesia) –Mariana Craveiro, que integra o Departamento de Comunicação da JMJ Lisboa 2023, considera que o 25 de Abril “não é apenas mais um dia”, destacando a importância de celebrar a liberdade.
“Mesmo para quem nasceu após 1974, esta data é um momento marcante”, referiu à Agência ECCLESIA a profissional de Relações Públicas e Comunicação Empresarial
Com o testemunho dos avós, que viveram a revolução 1974, Mariana Craveiro sublinha que “consegue perceber” o que se vivia no Estado Novo.
“Consigo compreender através de pequenas histórias e pequenos momentos o que era a presença da PIDE e como era vivido o dia-a-dia das pessoas”, acrescenta a jovem.
Já Afonso Virtuoso, que integra o Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, entende que o 25 de Abril é “uma oportunidade” dada todos os dias, como uma transição para “a liberdade e para a democracia”
No dia que se celebram o 49.º aniversário do 25 de Abril, os jovens assumem-se como herdeiros da liberdade.
“Recebemo-la como herança, mas temos a responsabilidade de administrá-la, preservá-la e, sobretudo, de a entregar às gerações futuras com mais vida”, apontou Afonso Virtuoso.
Mariana Craveiro considera, por sua vez, que “é fundamental olhar para os outros e para o mundo” para “conjugar a liberdade com a construção do bem comum”.
A Comissão Organizadora das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril lançou a campanha ‘Não Podias’, lembrando, entre outras questões, que só depois de1974 “o voto passou a ser um direito de todos os maiores de 18 anos”.
Afonso Virtuoso vê na passagem para a democracia uma “atualização diária e uma nova exigência”.
“A questão da liberdade está intimamente relacionada com a responsabilidade porque a liberdade pode muito, mas não pode tudo”, acentua.
Para os jovens, o desafio da sua geração passa por “acreditar que é possível fazer mais e melhor”.
Mariana Craveiro alerta para o “perigo de reduzir” a participação cívica ao ato de votar, um momento em que as “coisas parecem mais fáceis” do que no passado.
A trabalhar na sede da JMJ Lisboa 2023, a entrevistada fala de um “um local de liberdade”, que começa pela “aceitação do outro”.
A organização da JMJ é “um belíssimo exemplo” do desafio da liberdade, concluiu Afonso Virtuoso.
A conversa está em destaque na emissão do Programa ECCLESIA esta terça-feira, pelas 15h00, na RTP2.
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