Diretor do Instituto Superior de Teologia de Évora ressalta mensagens deixadas por D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), nas jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal
Albufeira, 14 jan 2025 (Ecclesia) – O padre Manuel António Rosário, diretor do Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), disse hoje, em declarações à Agência ECCLESIA, que a “Igreja tem de encarnar e tem de ser um sinal de esperança”.
“O Jubileu é uma ocasião para despertar a Igreja, toda a Igreja, as igrejas particulares, as congregações religiosas e cada cristão, porque a nossa missão é sermos testemunhas de uma esperança que é mais forte que a morte, uma esperança que nos aponta para o futuro, mas, ao mesmo tempo, que dá sentido ao nosso presente”, afirmou o sacerdote, no âmbito das jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal, em Albufeira.
O padre Manuel António Rosário falava nos desafios que o mundo enfrenta atualmente, destacando que a Igreja teve “sempre a capacidade, ao longo dos tempos”, com “todas as transformações”, “de se renovar para responder às inquietações do mundo”.
Bispos, padres, diáconos e alguns seminaristas em final de formação de quatro dioceses do sul de Portugal (Algarve, Beja, Évora e Setúbal) estão reunidos até quinta-feira, à volta do tema ‘Tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero’.
O Instituto Superior de Teologia de Évora é responsável pela organização da iniciativa que chega à 18ºedição e que, segundo o diretor, não poderia ficar indiferente ao tema que a Igreja propõe para o Ano Santo 2025, “Peregrinos de Esperança”.
“Nós quisemos começar exatamente por aí e ninguém melhor do que o primeiro responsável, depois do Papa, que é o Dom Rino Fisichella, que esteve aqui connosco, de facto, a refletir ontem e hoje, também sobre a importância do Jubileu”, destacou o padre Manuel António Rosário.
O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), responsável pela organização do Jubileu da Esperança, D. Rino Fisichella, foi um dos oradores das jornadas de atualização do clero do sul de Portugal, hoje e este segunda-feira.
O diretor do Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE) revela que o colaborado do Papa deixou algumas inquietações sobre a transformação de paradigma, que é uma sociedade muito individualista, do imediato, e onde, por isso, a “esperança numa perspetiva cristã, às vezes falta”.
“Compete-nos a nós, cristãos, defendermos e testemunharmos a virtude da esperança cristã, que é uma esperança que não tem apenas a ver com o futuro, mas tem com o presente e com o sentido que dá também à nossa vida”, defendeu.
O padre Manuel António Rosário refere que, no programa das jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal, houve a preocupação de que o Jubileu fosse refletido também sobre “a vida da Igreja” e como é que o Ano Santo “pode dar um novo impulso de renovação” às igrejas.
Sublinhando que a atividade é dirigida sobretudo aos presbíteros, mas também aos diáconos, diáconos permanentes, seminaristas enquanto candidatos aos sacerdócio, o diretor do ISTE realça que a iniciativa procurou abordar o reflexo do Jubileu não apenas na vida da Igreja universal em geral, mas em cada uma das dioceses e na vida de cada presbítero.
O ano santo de 2025 é o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja; o Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
O último jubileu foi o ano santo extraordinário dedicado à Misericórdia (29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), convocado com a Bula ‘Misericordiae Vultus’ do Papa Francisco.
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