D. Manuel Quintas consagrou a Maria a «Igreja diocesana, cada uma das comunidades, cada um dos diocesanos»
Faro, 02 jan 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse que é “próprio do jubileu uma renovação interior, pessoal, mas também eclesial”, por isso, era importante começar o ano de 2025 “com este propósito e este projeto pessoal”, na Missa que presidiu em Loulé.
“É um ano de graça, de dom, para que esta bênção, que hoje todos recebemos, seja uma bênção fecunda, que nos transforme o coração, que nos revolucione a vida, sobretudo as atitudes e gestos de uns com os outros. Só assim este será um ano fecundo para todos nós”, explicou D. Manuel Quintas, na tarde desta quarta-feira, dia 1 de janeiro de 2025, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente invocada como «Mãe Soberana».
A Igreja Católica está a viver um Ano Santo, e, segundo o bispo do Algarve, 2025 vai ser “marcado pela esperança”, desafiou os algarvios a serem “sinais de esperança no mundo de hoje”, para além de ‘peregrinos de esperança’, como pede o Papa Francisco neste jubileu, e salientou que é “próprio do jubileu haver uma renovação interior”, “pessoal, mas também eclesial”, por isso, é importante começar “este ano com este propósito e este projeto pessoal”.
“O jubileu tem sempre uma implicação concreta e direta. Certamente que sereis convidados nas vossas comunidades paroquiais a alguma celebração, ação ou peregrinação à nossa catedral de Faro com este objetivo de mudança de vida, de conversão pessoal”, acrescentou.
O responsável diocesano lembrou o início do Ano Santo no Algarve, o 27.º Jubileu ordinário da Igreja Católica, no dia 29 de dezembro de 2024, quando abriram “a porta da catedral, mas é preciso abrir a ‘porta’ do coração e da vida para acolher este grande dom de Deus que vem como nosso salvador”.
“A bênção de Deus cria sempre um dinamismo de receber e de partilhar que é o do verdadeiro amor. Ele também nos pede que sejamos bênção uns para os outros, a vinda de Jesus ao mundo, como grande dom e bênção de Deus”, explicou D. Manuel Quintas.
“Deus quer que iniciemos este novo ano com estes sentimentos fraternos, sem os quais não é possível construir a paz. Só sentimentos fraternos podem conduzir-nos a ponto de sermos verdadeiramente construtores da paz”, acrescentou, na Missa que celebrou também o 58.º Dia Mundial da Paz da Igreja Católica.
Em Loulé, no Santuário mariano de Nossa Senhora da Piedade, D. Manuel Quintas lembrou que foi “através de Maria” que Jesus veio como “dom” de Deus ao mundo, e era “importante neste dia consagrar-lhe este ano”.
“Eu também estou aqui para lhe consagrar a nossa Igreja diocesana, cada uma das nossas comunidades, cada um dos nossos diocesanos, para que seja ela a conduzir-nos como peregrinos de esperança ao longo deste ano jubilar e nos ajude verdadeiramente a ir ao essencial, àquilo que nos faz falta mudar, alterar, às opções que precisamos fazer, a nível pessoal, familiar, eclesial”, acrescentou D. Manuel Quintas, na homilia da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.
A Missa do dia 1 de janeiro de 2025 foi concelebrada por D. António Carrilho, bispo emérito do Funchal, natural de Loulé, pelo pároco local, cónego Carlos de Aquino, pelo padre louletano Fábio Pedro, e pelo antigo pároco desta cidade, o padre Henrique Varela, com o serviço do diácono Bruno Valente, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.
CB