Secretariado português da fundação pontifícia assumiu questão como prioritária
Lisboa, 29 Dez 2021 (Ecclesia) – A diretora do secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) disse que a “questão dos refugiados” foi “uma prioridade” ao longo de 2021 para a instituição a que preside.
“A questão dos refugiados foi uma das grandes prioridades do ano porque eles necessitavam de ajuda e segundo dados da ONU há mais de 82 milhões de deslocados em todo o mundo”, referiu Catarina Martins Bettencourt à Agência ECCLESIA.
Estes deslocados foram “obrigados a fugir e deixar as suas casas” devido “à violência, conflitos, questões económicas e religiosas e também a fome”, reforçou a responsável.
A entrevistada desta quarta-feira no Programa ECCLESIA (RTP2) sublinhou que “se atingiu um número nunca visto no mundo” e a AIS “não pode ficar indiferente”.
A trabalhar com vários parceiros no terreno, a fundação pontifícia está atenta a esta problemática atual e “tem ajudado os refugiados”.
A campanha de Natal deste ano da AIS é dirigida ao “apoio aos refugiados e deslocados”, onde se alerta “a população para ajudarem estas pessoas” e “apoiarem com bens essenciais para poderem sobreviver e ultrapassarem estes momentos difíceis das suas vidas”, referiu a responsável.
Para Paulo Aido, jornalista do secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o problema dos refugiados “afeta a vida de muitos países”.
Na campanha de Natal da instituição foram produzidos “muitos vídeos sobre a vida dos refugiados”: “Temos histórias na Nigéria, Moçambique, Síria e Líbano que são o exemplo desta amplitude geográfica que atinge muitos povos”.
O número de refugiados é o exemplo “da tragédia que acontece nos dias de hoje” porque estas pessoas vivem “da ajuda da solidariedade internacional”.
“Há um clamor que nos obriga a agir”, reforça Paulo Aido.
Na Nigéria, por exemplo, existem “muitos milhares de deslocados” e a consequência é devida “à perseguição religiosa por um grupo terrorista” que atua no norte daquele país africano.
“A comunidade cristã tem sido um dos alvos” daquele grupo terrorista e existem “dioceses que têm sido brutalmente atacadas”, acentua o jornalista.
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