2016: Bispo do Porto recorda «situações dolorosas» que persistem sem resolução

Problemas como a guerra e o terrorismo, a crise de refugiados e os cristãos perseguidos, a pobreza e o desemprego

Porto, 02 jan 2016 (Ecclesia) – O bispo do Porto diz que fenómenos como a crise de refugiados, o terrorismo, a discriminação religiosa, o desemprego ou a pobreza devem despertar a diocese e o país para um ano de 2016 cheio de “gestos de bondade, de misericórdia e de compaixão”.

Numa mensagem enviada esta sexta-feira, Dia Mundial da Paz, à Agência ECCLESIA, D. António Francisco dos Santos sublinha as "situações dolorosas" que persistem sem resolução, como "as guerras intermináveis" e as "perseguições aos cristãos" em países como a Síria, o Iraque ou a Nigéria.

Também o contexto dos “pobres que diariamente batem à porta das pessoas, das paróquias e instituições a pedir pão” e dos “imigrantes vindos de outros países do mundo”.

Perante o drama dos mais carenciados, é fundamental um espírito solidário e empreendedor que os ajude a concretizar os seus sonhos, sobretudo de “casa e trabalho”, aponta o prelado.

Numa altura em que Portugal “começa a receber as primeiras fileiras de refugiados”, vindos de diversos pontos do globo, como o Médio Oriente, é também essencial “acolhê-los como irmãos, respeitando a sua dignidade e diferença”.

Ainda no campo das migrações, o bispo do Porto salienta “o aumento” que se verificou ao nível da emigração jovem.

“Gente nova, cheia de talento, que partiu para o estrangeiro, levada pelo sonho e pela aventura, mas sobretudo pela falta de trabalho em Portugal”, realça.

Ao longo da sua reflexão, D. António Francisco dos Santos aponta também como desafios cuidar melhor da reabilitação dos doentes e reclusos.

“São mais de 3500 os reclusos nos estabelecimentos prisionais sedeados na área da nossa diocese; os Centros Hospitalares do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Penafiel e de Santa Maria da Feira estão ocupados por inteiro e ás vezes mesmo superlotados de doentes”, descreve o responsável católico.

O dia 1 de janeiro, Dia Mundial da Paz, foi também marcado pela solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.

“Que a Rainha da Misericórdia e da Paz nos conceda um ano de bênção e (…) acalente os mais ansiosos e desanimados, fortaleça os mais débeis e inconstantes. recompense os misericordiosos, incentive os construtores da paz e faça surgir no terreno fecundo da nossa diocese servidores da messe”, concluiu D. António Francisco dos Santos.

JCP

 

 

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