Lisboa, 01 jan 2015 (Ecclesia) – O diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados em Portugal considera que a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz destina-se aos cristãos e alerta que “importa à Igreja retomar ou tomar a defesa da vida destas pessoas”.
“O Papa chama a atenção a todos os cristãos mas também sobretudo focando as situações em que acontece a exploração, a violência e várias formas de escravidão em que as pessoas são colocadas, pessoas de todas as idades – homens, mulheres, crianças, idosos”, explica André Costa Jorge.
“Julgo que importa à Igreja retomar ou tomar a defesa da vida destas pessoas”, acrescentou à Agência ECCLESIA.
Segundo o responsável, na mensagem para o Dia Mundial da Paz – Já não escravos, mas irmãos –, o Papa alerta e acompanha todas as fases da exploração desde a origem.
“Há que criminalizar quem tira proveito ilegalmente das migrações”, frisa o diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados em Portugal.
“As situações na raiz, de exploração, violência, de escravidão que levam a que milhares e milhões de pessoas procurem, e tenham de sair dos seus países, por melhores condições de vida”, desenvolve.
Em Portugal, este serviço da Companhia de Jesus, revela André Costa Jorge, faz o acompanhamento desde a chegada e conhecem as realidades vividas que “depois ficam nas pessoas”.
Tal como o Papa Francisco, também o entrevistado apela às autoridades politicas que mudem a atitude policial sobre as migrações e, neste contexto, distingue quem foge da guerra, da exploração de quem procura novas oportunidades de vida.
“Na raiz é substancialmente diferente os que têm de fugir para salvar a vida dos que têm de migrar para melhorar as condições de vida mas independentemente da diferença importa que os Estados salvem a vida das pessoas”, alerta André Costa Jorge.
O programa ECCLESIA apresenta ao longo dos próximos dias diferentes testemunhos e análises à mensagem “Não mais escravos, mas irmãos”, do Papa Francisco, a partir das 22h45 na Antena 1 da rádio pública.
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