Assistente da Liga Operária Católica/Movimento Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) da Arquidiocese de Braga alerta para necessidade e valorizar a maternidade
Lisboa, 30 Abr 2022 (Ecclesia) – O assistente da Liga Operária Católica/Movimento Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) da Arquidiocese de Braga disse à Agência ECCLESIA que as mães trabalham “sempre mais”, referiu-se à “vida muito dificultada” dos desempregados e à distante “vida digna” dos trabalhadores.
“Com os ordenados atuais dos trabalhadores, é muito difícil estes terem uma vida digna”, lamentou José Maria Carneiro Costa.
Este domingo, 01 de maio, celebra-se o Dia Mundial do Trabalhador e também o Dia da Mãe, e o militante deste organismo da Ação Católica não esquece as mães “que trabalham quase o dobro dos pais, embora, atualmente, as coisas estejam melhores”, referiu.
“As mães trabalham quase sempre mais do que os pais”, acentua o assistente da LOC/MTC da Arquidiocese de Braga.
José Maria Carneiro Costa é diácono permanente na paróquia de São Tiago de Antas (Famalicão) e vai proferir a homilia nas Eucaristias deste domingo, onde vai fazer referência à temática dos trabalhadores e da maternidade.
“Há mulheres que atrasam a gravidez e outras que abortam para defender o seu posto de trabalho”, salienta.
Com os ordenados praticados em Portugal, os dois elementos do casal a trabalhar “é pouco” porque “não chega para alimentar todas as despesas familiares”, denuncia o antigo coordenador nacional da LOC/MTC.
Apesar da falta de mão-de-obra, “a maternidade não é valorizada” porque a “situação económica não o permite”.
“Se o governo investir seriamente na proteção das mães, certamente a sociedade teria os filhos necessários para, daqui a 20 anos, haver mão-de-obra especializada”, acentua José Maria Carneiro Costa.
Celebrar o Dia da Mãe é “celebrar também as amarguras da vida”, apesar dos “filhos serem a alegria da casa” aponta.
Com um longo percurso nos movimentos da Ação Católica, o assistente diocesano da LOC/MTC considera que se “não existir dignidade no trabalho também não há dignidade no planeta”.
Com 68 anos, José Maria Carneiro Costa refere que com “o aumento do custo de vida, a pandemia e a inflação”, as pessoas, apesar de terem trabalho, “não têm o essencial para viver”.
Ao observar a realidade atual, o militante da LOC/MTC lamenta as formas de poder porque “alguns também querem mandar no mar”.
“Querem mandar no mundo e nas fontes que o mundo oferece a todas as pessoas”, denuncia.
LFS/PR