Catequese: Caminhada catequética “faz-se” com o corpo inteiro – D. Anacleto Oliveira

O sentido evangelizador dos “pés, das mãos e do coração”

Viana do Castelo, 12 abr 2019 (Ecclesia) – O Bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, apresentou o sentido evangelizador dos “pés, das mãos e do coração” na vida de Jesus e reafirmou a importância de uma catequese que “abarque a vida toda”.

D. Anacleto Oliveira, vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé e Bispo de Viana do Castelo, abordou, nesta tarde do Encontro Nacional de Catequese o tema «A Catequese de Adultos e a formação dos catequistas, um desafio à conversão permanente».

Na sua reflexão, e partindo do evangelho de Lucas que se apresenta “como um autêntico catecismo”, o prelado explicou aos cerca de 70 responsáveis da catequese presentes no encontro “o papel dos pés, mãos e coração na vida de Jesus enquanto Messias, enviado e filho de Deus”.

“Os pés de Jesus mostram-nos, neste evangelho, que Jesus está sempre em caminho. Neste evangelho não encontramos o mestre que não seja a caminhar. Jesus é um autêntico peregrino”, apontou.

Para D. Anacleto as “mãos de Jesus” tem também um papel “vital no sentido evangelizador”:

“Basta pensar nos momentos em que Jesus toca cura, afaga as crianças e mostra aos discípulos quem é maior para Deus. As mãos são fundamentais na vida de Jesus. Quando ressuscita e pede aos discípulos que olhem as mãos é a isto que se refere”, explicou.

Refletindo sobre o “coração e as entranhas” enquanto lugar “do conhecimento e da sabedoria, da compaixão” o vogal explicou aos responsáveis da catequese que Jesus “é movido a compaixão como se percebe nas duas parábolas, exclusivas de São Lucas, onde Jesus se apresenta compadecido”.

Numa dinâmica de “catequese de adultos” o Bispo de Viana alertou para o perigo de se continuar a compartimentar a catequese “numa hora por semana” e convidou os agentes a “procurarem acompanhar a totalidade da vida dos catequizandos”:

“Hoje restringiu-se a catequese à hora semanal de encontro. Uma catequese assim não vai ao encontro do catequizando na totalidade da sua vida”.

Para D. Anacleto uma catequese para hoje “tem de ser diária ou não é catequese” e implica “a inserção numa experiência comunitária porque experiência de comunhão”.

“Enquanto a catequese não atingir a totalidade do ser da pessoa nunca será catequese” e a catequese “faz-se com o corpo inteiro: mãos, pés e coração”, completou.

LFS

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Agência ECCLESIA

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