13 de maio: Oração, sacrifício, amizade e reflexão marcaram peregrinações ao santuário de Fátima

Peregrinos relatam experiência em ano diferente, ainda com a marca da pandemia

Foto: Arlindo Homem/Agência ECCLESIA

Fátima, 13 mai 2021 (Ecclesia) –  Jorge Santos, que peregrinou pela primeira vez a pé para a Cova da Iria, e Alda Magalhães, que caminha há 22 anos, foram duas das 7500 pessoas que participaram, em Fátima, nas celebrações do 13 de maio, num ano ainda marcado pelas restrições da pandemia.

“É uma experiência única, muito sacrifício, muito esforço, muita dor, mas o objetivo era chegar e, realmente, é um alívio e uma emoção chegar”, disse Jorge Santos à Agência ECCLESIA..

O peregrino de Moscavide, que pela primeira vez foi a pé até ao Santuário de Fátima, afirma que “fazer 125 quilómetros de uma vez foi uma experiência única”, que recomenda a todos.

Ao longo do caminho, Jorge Santos pensou “no passado, no que se está a passar” e sobre a chegada à Cova da Iria, “qual seria o sentimento, a emoção”, e, muitas vezes, qual seria o estado em que se ia chegar, uma vez que, “a parte física é muita desgastante”.

O entrevistado diz que hoje vai regressar a casa diferente, depois da peregrinação internacional do 13 de maio a Fátima, assinalando que “é uma experiência que muda”.

Alda Magalhães, de Lisboa, é veterana de 22 anos de caminho até Fátima, nas pegadas do seu pai, que peregrinou “durante 28 anos, vindo do norte”.

“Fiz uma promessa, depois fiz outra, e aqui estou. Todos os anos digo que é o último, mas todos os anos estou cá, incluindo o ano passado”, refere.

Alda Magalhães afirma que, quando chega à Cova da Iria, sente “muita paz, muito bem” e regressa “muitas vezes” durante o ano, “talvez uma vez por mês”.

“É onde peço tudo, quando me sinto aflita e quando não me sinto aflita, é aqui que venho: Um lugar sagrado, sempre foi, é, e sempre será. É um sítio que amo”, destaca a peregrina de Lisboa.

Helena Silva, guia turística, nunca tinha peregrinado a pé a Fátima e depois de já ter feito o “caminho de Santiago com a filha”, quis “experimentar para sentir o que os peregrinos sentem”, neste percurso.

A peregrina de Lisboa, que gosta de “caminhar, de estar em silêncio” e de “experiências novas”, teve tempo, ao longo de 125 quilómetros, para “várias emoções”, “pensar no passado, no presente, no futuro” mas também para brincar e rezar.

“Ajuda-nos também a ganhar força para contornar isto, estamos há um ano sem trabalho e temos que ganhar forças e esta meditação ajuda-nos. É muito bom conseguir chegar e sentir que temos uma experiência nova e que vai continuar”, acrescenta.

Ao recinto de oração do Santuário de Fátima chegou também Fernanda Pinheiro, que peregrinou a pé pela segunda vez, desde Vila Real.

“Nossa Senhora chama, e em todo o caminho, quando sai de Vila Real, mostrou que nos escolhe: a fé é uma graça, não se explica, é ela que nos conduz, que nos chama e vai mostrando todo o caminho respostas para as nossas dúvidas, é inexplicável”, desenvolveu a peregrina, em declarações à Agência ECCLESIA.

Fernanda Pinheiro considera que o caminho, que “é uma penitência, não é nada fácil carregar o peso da mochila”, foi marcado por “muita oração”, que leva à reflexão.

‘Louvai o Senhor, que levanta os Fracos’ foi o tema da peregrinação internacional aniversária de 13 de maio, que foi presidida por D. José Tolentino Mendonça.

O cardeal português revelou que chegou a pé à Cova da Iria, para “sentir aquilo que sentem todos os peregrinos”, esta quarta-feira, na conferência de imprensa de apresentação da peregrinação.

HM/CB/OC

Fátima 12 e 13 maio 2021

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Agência ECCLESIA

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