11 de Setembro recordado entre cristãos, judeus e muçulmanos

D. Agostino Marchetto aponta «contradições das religiões na construção da paz»

Esta Sexta-feira marcou no calendário o oitavo ano passado sobre os atentados de Nova Iorque. Por todo o mundo, decorreram manifestações de pesar e momentos de oração pelas vítimas mortais do dia 11 de Setembro de 2001.

A Comunidade de Sant’ Egidio organizou encontros de oração em Roma e em Nova York, poucos dias depois de ter concluído, na Polónia, um encontro Inter-Religioso pela Paz. A principal mensagem difundida pela comunidade centrou-se na “oração pelas vítimas da violência e do terrorismo”.

O encontro não quis deitar no esquecimento “o horror daquele trágico atentado que marcou a vida de milhares de pessoas e constituiu um ponto de mudança na nossa época”. O assinalar do dia 11 de Setembro visava também “comprometer-se cada vez mais com o encontro e o diálogo”.

Também na Terra Santa, a lembrança dos atentados nos EUA uniu judeus, cristãos e muçulmanos num jantar inter-religioso.

O dia foi também assinalado por D. Agostino Marchetto, secretário do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes que indicou as “contradições das religiões na construção da paz”.

O 11 de Setembro foi “um divisor de águas, uma «revelação», que “comporta a necessidade de um salto de qualidade no encontro inter-religioso”, e o convite a ouvir e a colocar-se disponível ao outro, testemunhando concretamente a própria oposição a toda forma de violência”.

“Onde o estrangeiro e torna hóspede e é acolhido”, desfaz-se gradualmente a possibilidade de ver o outro como um inimigo, observou D. Marchetto, acrescentando que o imigrante deve, evidentemente, respeitar “a identidade e as leis do país”.

O arcebispo nota ainda que, por outro lado, o grande compromisso, além da segurança, deve ser o acolhimento e a integração, e que o compromisso com a integração não se opõe, certamente, à segurança, mas é uma expressão dela.

O secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes voltou a evidenciar que a condição de irregularidade não permite excepção sobre a dignidade do imigrante.

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Agência ECCLESIA

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