100 mil cristãos são mortos todos os anos

Falta de liberdade religiosa tem provocado mortes, migrações forçadas e destruição de locais de culto, denuncia a Santa Sé

Genebra, Suíça, 28 mai 2013 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé no Conselho dos Direitos Humanos da ONU denunciou na sede deste organismo a morte de mais de 100 mil cristãos, todos os anos, por causa da falta de liberdade religiosa no mundo.

“Pesquisas credíveis chegaram à conclusão chocante de que mais de 100 mil cristãos são mortos violentamente todos os anos por causa da sua fé”, disse esta segunda-feira o arcebispo Silvano Tomasi em Genebra, Suíça, na 23.ª sessão do referido conselho, intervenção enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O observador permanente da Santa Sé lembrou os cristãos e crentes de outras religiões “sujeitos a migrações forçadas, à destruição dos seus locais de culto, violações e sequestros dos seus líderes”, como aconteceu a 22 de abril na cidade síria de Alepo, com os bispos ortodoxos Yohanna Ibrahim e Boulos Yaziji.

“As sérias violações do direito à liberdade religiosa, em geral, e a recente discriminação contínua e ataques sistemáticos contra comunidades cristãs preocupam seriamente a Santa Sé e muitos governos democráticos cuja população abrange várias culturas religiosas e culturais”, disse.

D. Silvano Tomasi destacou os ataques no Médio Oriente, África e Ásia que resultam da “intolerância, terrorismo e algumas leis discriminatórias”.

O arcebispo italiano criticou ainda a “tendência para marginalizar o Cristianismo na vida pública” em países ocidentais, ignorando os contributos “históricos e sociais” da tradição cristã.

O Vaticano publicou hoje, por outro lado, a intervenção do bispo Mario Toso, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, numa conferência sobre tolerância e não discriminação promovida pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

O prelado disse que “os episódios de intolerância e discriminação contra os cristãos” em vários Estados da OSCE “não só não diminuíram como aumentaram, apesar de numerosas reuniões e conferências sobre o tema”.

OC

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Agência ECCLESIA

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