1.º de Maio: Precariedade e desemprego preocupam jovens trabalhadores católicos

Líder da JOC lamenta desaproveitamento do «potencial» de uma geração qualificada

Lisboa, 30 abr 2016 (Ecclesia) – A presidente nacional da Juventude Operária Católica (JOC) afirmou que as principais dificuldades que as novas gerações têm de enfrentar no mundo do trabalho são a precariedade e o desemprego, forçando muitos à emigração.

“A precariedade, aliada ao desemprego, tem marcado a vida de muitos jovens em Portugal. Se o posto de trabalho existe, porquê a forma precária como ele é exercido?”, questiona Lisandra Rodrigues, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A responsável espera que as respostas à crise passem por opções em prol da “dignidade” e do “projeto de vida” dos jovens, evitando sentimentos de “frustração e de revolta”.

O desaproveitamento do potencial dos jovens em Portugal é algo que nos preocupa. Temos uma geração com muita formação e uma grande abertura ao mundo”, lamenta.

Lisandra Rodrigues sustenta que celebração do 1.º de Maio continua a fazer sentido, num contexto de crise, “para valorizar o papel do trabalhador e dar voz aos trabalhadores”.

Para a presidente da JOC, perante “situações muito complicadas” pode faltar o “sentimento” de levantar a voz.

“Sentimos muito a falta de oportunidades. Existem uma série de respostas aparentes, mas não vão ao encontro das reais necessidades dos jovens”, realça.

A líder do movimento católico faz a defesa do “trabalho digno” que se contrapõe à “precariedade” e implica o “respeito pela pessoa”.

Em relação ao futuro, Lisandra Rodrigues espera que seja possível mudar o “foco” das questões económicas para as questões sociais, deixando uma mensagem de “esperança”.

“Pedia aos jovens para não se acomodarem às situações e não se amedrontem”, apela a presidente da JOC.

A celebração do 1.º de Maio vai estar em destaque na emissão deste domingo do programa ‘70×7’ (RTP2, 13h30).

LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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