Liga Operária Católica de Portugal saúda os trabalhadores que «contribuem para a construção de um mundo mais justo e fraterno»
Lisboa, 28 abr 2025 (Ecclesia) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) incentiva a não desistir perante a adversidade e “a trabalhar por um mundo mais justo e equitativo” na mensagem de “ação e reflexão”, “solidariedade e compromisso”, para o 1.º de Maio.
“Numa altura em que o nosso mundo enfrenta grandes convulsões geopolíticas, os poucos beneficiários do sistema capitalista farão tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os seus interesses. A vida e a dignidade dos trabalhadores estão ameaçadas, pois são considerados meras ferramentas que podem ser descartadas em troca de dinheiro”, lê-se na mensagem “para os trabalhadores de todo o mundo”, enviada à Agência ECCLESIA pela Liga Operária Católica de Portugal.
A mensagem para o 1º de Maio – Dia Internacional do Trabalho, escrita pelo MMTC da Ilha de Reunião (Oceano Índico), alerta para a concentração da riqueza mundial, “nas mãos de 1% da população” que gera desigualdades que “afetam gravemente os mais desfavorecidos”, segundo os especialistas, essa “violência económica não é fortuita, é a dura realidade da sociedade atual”.
O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos refere-se também à inteligência artificial (IA), “apresentada como uma grande evolução tecnológica”, que ao serviço de uma economia global “está a transformar as vidas a uma velocidade vertiginosa”.
“Devemos desenvolver as nossas capacidades humanas para as colocar ao serviço da dignidade dos trabalhadores. Como cristãos, como batizados, devemos apoiar a defesa dos últimos, dos que sofrem injustiças, desigualdades e discriminações. Devemos defender o direito à dignidade e ao trabalho digno para todos, com amor e solidariedade… um verdadeiro projeto de vida”, acrescenta.
Desde 1890, o 1.º de maio é reconhecido como “um dia de protesto e de reivindicação dos direitos dos trabalhadores”, um dia para celebrar as conquistas e “os ganhos da classe trabalhadora”, o MMTC convida os seus membros a “juntarem-se a outros trabalhadores de todo o mundo”.
Sobre a manifestação do Dia Internacional do Trabalhador acrescenta que “vale a pena” sair à rua como cidadãos ativos, para “manifestar o desacordo com um sistema económico que desumaniza os trabalhadores”, e mostrar a solidariedade para com aqueles “cujo fim do mês é cada vez mais difícil”.
Em Portugal, a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) saúda todos os trabalhadores que “contribuem para a construção de um mundo mais justo e fraterno e lutam por mais justiça e direitos para todos”, refere o coordenador nacional do movimento, Américo Monteiro, na mensagem enviada à Agência ECCLESIA.
A LOC Portugal cita o Papa Francisco, na encíclica ‘Fratelli Tutti’, sobre a fraternidade e a amizade social: “A grande questão é o trabalho. (…) é garantir a todos a possibilidade de germinar as sementes que Deus colocou em cada um, as suas capacidades, a sua iniciativa, as suas forças. Esta é a melhor ajuda para um melhor caminho para uma existência digna”.
A mensagem para o 1º de Maio 2025 – Dia Internacional do Trabalho do MMTC foi escrita pelo MTKR – Movimento de Trabalhadores Cristão da Ilha de Reunião, que partindo de uma realidade concreta, “abraça e se solidariza com todo o Mundo do Trabalho”, destaca a LOC/MTC Portugal.
CB
 A Igreja Católica celebra a 1 de maio, desde 1955, a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador. A celebração litúrgica de São José operário foi instituída no dia 1 de maio de 1955, pelo Papa Pio XII, diante de milhares de trabalhadores italianos: “Longe de despertar discórdia, ódios e violência, o 1º de maio é e será um recorrente convite à sociedade moderna a realizar aquilo que ainda falta à paz social”. São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador; foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX. |