1.º de Maio: Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos alerta para desemprego e precariedade provocados por «digitalização» do mundo laboral

Mensagem pede salários dignos e fim da «exclusão de milhões de pessoas»

Lisboa, 01 mai 2019 (Ecclesia) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) alerta na sua mensagem para o 1.º de Maio para as consequências negativas da “digitalização” do mundo laboral, com consequências de desemprego e precariedade.

“A digitalização da economia está a criar condições precárias de trabalho em todo o mundo. Por outro lado, 60% das pessoas trabalham no setor informal: sem segurança social, sem direitos trabalhistas e salários baixos”, refere o texto divulgado pela organização, este ano redigido pelos trabalhadores católicos da Alemanha.

A mensagem sublinha que o trabalho é um elemento “indispensável da dignidade humana”, denunciando que “milhões de pessoas não têm trabalho para se alimentar a si e às suas famílias”.

“A mecanização, automatização e digitalização não devem levar à exclusão de milhões de pessoas”, adverte o MMTC.

A organização aponta ainda o dedo à exploração dos recursos naturais, que consideram “causa danos irreparáveis e condições de trabalho desumanas”.

O movimento, que integra a Liga Operária Católica em Portugal (LOC/MTC), exige “trabalho para todos e salários decentes no mundo digital”, apelando à União Europeia para a criação de um “salário mínimo justo e sustentável”.

“As empresas que operam globalmente devem estar legalmente obrigadas pelos governos a aplicar os direitos laborais e os padrões de salário mínimo nas suas cadeias de produção”, acrescenta o texto.

A Igreja Católica celebra desde 1955 a festa litúrgica de São José Operário, a 1 de maio, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador, uma decisão do Papa Pio XII.

CB/OC

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