Vocações: Seminário de Coimbra «não tem seminaristas» e reconfigurou-se «com novas funcionalidades»

Um espaço que relaciona “bem a espiritualidade, a cultura, a vocação e o discernimento”, padre Nuno Santos

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Coimbra, 07 nov 2023 (Ecclesia) – O Seminário Maior de Coimbra, desde 2012, deixou de ter seminaristas a residir naquele local, mas a casa “não parou a vida e renovou-se” a partir de uma comunidade que se reúne “todos os domingos e com várias atividades ao longo da semana”.

“Os seminaristas de Coimbra estão a residir no Porto, mas a comunidade do seminário tem sido um bom suporte para rezar pelas vocações, para acolher os seminaristas quando vêm à comunidade e despertar vocações”, disse à Agência ECCLESIA o padre Nuno Santos, reitor do Seminário de Coimbra.

Aquele espaço localizado no centro da cidade de Coimbra está em renovação, “um investimento pesado, na ordem dos cinco milhões de euros”, realçou o responsável.

Com 40 quartos, o reitor do seminário sublinhou que pretende “alargar para 60 quartos para acolher grupos, equipas de casais e pessoas que queiram fazer uma experiência de silêncio”.

Um espaço que relaciona “bem a espiritualidade, a cultura, a vocação e o discernimento”.

A própria arquitetura do seminário “convida ao turismo espiritual, não tanto de massas mas em pequenos grupos”, salientou o padre Nuno Santos.

Entre as paredes do seminário encontra-se a igreja “que é o centro e foi o primeiro espaço renovado”; o refeitório; museus (ciência e arte); biblioteca antiga (com um livro de 1506), quartos e outros espaços”.

No próximo ano, três seminaristas vão concluir o itinerário académico na Universidade Católica Portuguesa – Polo do Porto e “em princípio vão residir no seminário”.

Em plena Semana de oração pelos Seminários, que este ano tem como tema “Não tenhas medo. Serás pescador de Homens”, o padre Nuno Santos refere que “todos os trabalhos vocacionais são exigentes” porque “se tem uma expectativa demasiado elevada”.

“Estou muito satisfeito com o percurso feito porque há sete anos tínhamos dois seminaristas e hoje temos 12 seminaristas”, frisou o reitor do seminário.

Os números “não são tudo”, mas representam o trabalho de “uma equipa alargada que trabalha nas vocações”.

“Todos os seminaristas percorrem o «Caminho de Emaús», uma atividade do secretariado das vocações, que tem sido o nosso grande contributo para as vocações”, afirmou.

Para além de reitor do Seminário Maior de Coimbra, o padre Nuno Santos é também capelão da Universidade de Coimbra.

Apesar de ser um local académico, o padre Nuno Santos realça que “dentro de nós há um crente e um não crente”.

A capela da Universidade de Coimbra tem que ser “um lugar de espiritualidade, cultura e ação social” e “todas as oportunidades são vocacionais”, completou o capelão.

LFS

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