Viseu: Seminaristas, que vão receber ministérios de leitor e de acólito, partilham palavras de «esperança» e «compromisso»

Francisco Ferreira e Tiago Rio recordam mensagens do Papa Francisco na JMJ Lisboa 2023

Foto: Diocese de Viseu

Viseu, 23 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viseu preside hoje ao 508.º aniversário da dedicação da catedral, a partir das 18h30, numa celebração em que os seminaristas Francisco Ferreira e Tiago Rio vão receber os ministérios de leitor e de acólito, na Sé.

“Para mim, o Ministério é um dom que o Senhor me concede. Também um bocadinho o fruto de trabalho que tenho vindo a fazer ao longo da minha juventude, com muita naturalidade. Será um assumir de um compromisso com Ele e continuar a dinamizar”, disse Tiago Rio, de 22 anos de idade, da Paróquia de Ribafeita (Viseu), que vai receber o Ministério de Acólito, numa mensagem em vídeo, enviada à Agência ECCLESIA.

Já Francisco Ferreira, que vai receber o Ministério de Leitor, explica que “é, acima de tudo, sentir” que vai dando “alguns passos na caminhada vocacional, estar mais perto de ordenação”.

“É assim o nosso anseio, todo o seminário. E acima de tudo, para mim, ser leitor é, de facto, tornar vivo à palavra do Senhor no dia-a-dia. É meditá-la e acima de tudo ver o que é que ela me diz, o que é que ela me inquieta, o que é que ela desperta em mim nas minhas várias situações quotidianas. E acima de tudo saber que o Senhor posso encontrar a paz e o que eu tantas vezes ansiarmos”, desenvolveu o jovem seminarista de 24 anos, da Paróquia de Mangualde.

Os dois ministérios vão conferidos pelo bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, que preside à celebração da Eucaristia, a partir das 18h30, na Sé, esta terça-feira, dia 23 de julho, quando comemoram o 508.º aniversário da dedicação dessa catedral.

“Espero que a instituição destes dois seminaristas nestes ministérios seja um sinal vivo de uma diocese empenhada em dinamizar a vocação cristã e o chamamento ao sacerdócio e às demais vocações na Igreja”, disse D. António Luciano.

A Diocese de Viseu assinala que a instituição nestes ministérios é um passo importante no discernimento vocacional com vista à ordenação sacerdotal.

Francisco Ferreira e Tiago Rio frequentam o Mestrado Integrado em Teologia (com a duração de seis anos), no Seminário Interdiocesano de São José, em Braga, e terminaram agora o 5.º ano.

No seu vídeo, os dois seminaristas recordaram também as palavras do Papa Francisco na edição internacional da Jornada Mundial da Juventude realizada em Lisboa, em 2023, entre os dias 1 e 6 de agosto.

“Ele dizia para nós não termos medo, ‘não tenhais medo, o Senhor está convosco’. Então, o facto de viver isto, às vezes, pode parecer um carinho difícil assumir estes compromissos, mas acho que o Senhor está connosco, Ele perde-nos e dá-nos força para continuar o caminho”, salientou Tiago Rio, que vai receber o Ministério de Acólito.

Já Francisco Ferreira lembrou que o Papa disse que “a Igreja é para todos”, e explica que se alguém andar “por um momento afastado, isolado de toda a realidade e também da Igreja, Deus está sempre a dar a mão, quer acima de tudo o bem” de cada um.

“Esta grande mensagem que queria deixar é de esperança, todos podemos ser acarinhados por Deus, todos podemos receber o Seu amor e que todos nos podemos voltar para Ele”, acrescentou o futuro leitor.

A Diocese de Viseu celebra também, nesta terça-feira, o 6.º ano da entrada solene de D. António Luciano nesta Igreja diocesana.

“Faço um apelo a todos: que nos deixemos dinamizar pelos desafios do caminho sinodal para que tenhamos, cada vez mais, comunidades renovadas e leigos abertos à corresponsabilidade pastoral, privilegiando o chamamento à participação nos organismos e órgãos diocesanos”, pediu o bispo diocesano.

Sobre a comemoração dos 508 anos da Dedicação da Catedral – uma cerimónia solene na qual esta é consagrada e dedicada ao culto divino – D. António Luciano refere que “a valorização desta celebração torna visível a construção da Igreja que acontece em cada dia, na diversidade das paróquias, quando se vive a experiência sinodal na comunhão, na participação e na missão”.

CB/OC

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