Vila Real: Bispo diocese assume «tristeza e vergonha» perante dados do relatório da Comissão Independente

Conselho Presbiteral apontou à necessidade de evitar novos casos de abusos

Foto Agência ECCLESIA/PR

Vila Real, 15 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Vila Real manifestou hoje “tristeza e vergonha” perante os dados do relatório da Comissão Independente (CI) para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja Católica, divulgado na segunda-feira.

D. António Augusto Azevedo, assinala uma nota enviada à Agência ECCLESIA, “declarou o seu pedido de perdão às vítimas e a necessidade de a Igreja procurar acompanhar a todos os que foram feridos por esta indignidade”.

Falando perante os membros do Conselho Presbiteral, organismo representativo do clero diocesano, o bispo de Vila Real acrescentou que “este é um tempo de purificação, em que a Igreja há de encontrar caminhos para a sua renovação”.

A reunião decorreu na Casa Diocesana do Clero.

No final da sessão, o Conselho Presbiteral quis “manifestar a sua dor com todas as vítimas de abuso sexual na Igreja” e, em particular, na Diocese de Vila Real.

“Foi patente, nas manifestações dos conselheiros, a mágoa que sentem pela realidade expressa pelo relatório, agora tornado público”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA pelo secretariado deste conselho.

Os participantes, acrescenta o texto, afirmaram “com veemência, a necessidade de encontrar todos os meios preventivos para que novos casos não voltem a suceder, de forma que os espaços eclesiais sejam espaços mais seguros, acolhedores e fraternos, nomeadamente para com os mais jovens e vulneráveis”.

O tema central desta sessão foi a formação dos leigos, em estruturas como o Centro Católico de Cultura e os secretariados diocesanos, tendo sido sublinhada a necessidade de criar “novos meios para a realidade emergente como formação bíblica, litúrgica, teológica e pastoral”.

O Conselho Presbiteral começou pela apresentação de contas relativas ao ano de 2022.

“A par da constatação de melhoria de resultados, depois de um período difícil de pandemia, foi reconhecido que ainda há muitos procedimentos a melhorar na organização económica das comunidades”, pode ler-se no comunicado conclusivo dos trabalhos.

OC

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