Viana do Castelo: Bispo diocesano preside à Romaria de Nossa Senhora da Peneda

D. João Lavrador destacou «beleza litúrgica» das celebrações e «beleza única» natural que envolve o santuário, em convite para a romaria

Foto: Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo, 08 set 2023 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo preside hoje à Missa da festa da Romaria de Nossa Senhora da Peneda, às 11h00, no santuário diocesano na freguesia de Gavieira, no Arciprestado de Arcos de Valdevez.

“O santuário é realmente um local propício para o encontro, e nós precisamos de nos encontrar: um encontro com bastante gente, mas que querem o mesmo fim – a paz, a harmonia, uma fraternidade que todos queremos construir -, e tudo isto no silêncio, neste sentido de festa, de nos reconhecermos alegres interiormente porque estamos com a mãe”, disse D. João Lavrador, que convidou todas as pessoas a participarem num vídeo enviado à Agência ECCLESIA.

O culto a Nossa Senhora, com raízes na Idade Média, consolidou-se, em definitivo, a partir do século XVIII com a edificação de “verdadeiras joias artísticas e arquitetónicas”, como o templo-igreja principal, o escadório das virtudes, o terreiro dos evangelistas ou o monumental escadório e as 20 capelas temáticas, antecedido pelo belíssimo largo do Anjo São Gabriel, “que recebe e guia os romeiros na sua estadia no santuário”.

“A romaria de Nossa Senhora da Peneda segue a tradição das grandes peregrinações marianas, onde a envolvente paisagística natural, neste caso integrada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, favorece o desenvolvimento de uma ambiência festiva e de um espírito celebrativo muito próprios, fazendo desta romaria a maior e a mais fascinante de todo o Alto-Minho”, explica a organização em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O Santuário de Nossa Senhora da Peneda sublinha que com “a essência religiosa e contemplativa”, o visitante vai encontrar um “notável e fabuloso património arquitetónico e histórico”, que torna o santuário um ponto de passagem obrigatório e um destino turístico de exceção.

“Convido todos aqueles que andam afadigados com tantas preocupações a tirarem uns dias para usufruir também de uma inter-relação entre o religioso e o cultural”, acrescentou D. João Lavrador.

O bispo de Viana do Castelo preside hoje à Eucaristia, seguida de procissão, que encerra esta romaria, no Dia Solene de Nossa Senhora da Peneda, a partir das 11h00.

A Romaria de Nossa Senhora da Peneda, na Diocese de Viana do Castelo, a “mais típica do Alto Minho”, destaca a organização, começou no 31 de agosto e termina esta sexta-feira, no santuário mariano na freguesia de Gavieira, no Arciprestado de Arcos de Valdevez.

D. João Lavrador convidou todos os que “são devotos” de Nossa Senhora da Peneda para que “continuem a ter esta devoção, para que ela seja verdadeiramente mediadora das graças que obtêm”, incentivou à participação daqueles que têm curiosidade em conhecer este local, “que é de um fascínio único”, em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês, “para repousar, para contemplar, para obter o que são os benefícios de uma natureza única”.

“E, ao mesmo tempo, também daquilo que se manifesta como algo de sublime dentro do próprio santuário, que se ergue naquele vale e nos ajuda a interligar aquilo que é humano com a transcendência divina”, acrescentou.

O Santuário diocesano de Nossa Senhora da Peneda, ainda sobre a dimensão religiosa desta romaria, que também tem um programa cultural, destacou as celebrações diárias, as procissões e confissões que vão marcar o ritmo do dia-a-dia, “onde no meio da serra, Maria convida ao encontro com o seu Filho Jesus Cristo”.

Lenda: A Senhora da Peneda terá aparecido a cinco de Agosto de 1220, a uma criança que guardava algumas cabras, a Senhora apareceu-lhe sob a forma de uma pomba branca e disse-lhe para pedir aos habitantes da Gavieira, para edificarem naquele lugar uma ermida. A pastorinha contou aos seus pais, mas estes não deram crédito à história. No dia seguinte quando guardava as cabras no mesmo local, a Senhora voltou a aparecer, mas sob a forma da imagem que hoje existe, e mandou a criança ir ao lugar de Roussas, pedir para trazerem uma mulher entrevada há dezoito anos, de nome, Domingas Gregório, que ao chegar perto da imagem recuperou a saúde.

CB

 

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