Vaticano: Papa reforça alertas contra guerra nuclear, falando em «crime» contra a humanidade

Francisco associa-se a Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 26 set 2022 (Ecclesia) – O Papa associou-se hoje ao Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, alertando para os riscos de uma guerra atómica.

“Desejo reiterar que o uso da energia atómica para fins de guerra é, hoje mais do que nunca, um crime não só contra o homem e a sua dignidade, mas contra toda a possibilidade de futuro na nossa casa comum”, escreveu Francisco, na sua conta da rede social Twitter.

Já no início deste mês, o pontífice tinha evocado o risco de uma guerra mundial “total”, com recurso a armas nucleares, falando aos participantes na sessão plenária da Academia Pontifícia das Ciências.

“Os numerosos conflitos armados em curso são motivo de séria preocupação. Eu disse que era uma terceira guerra mundial ‘aos bocados’, mas hoje talvez possamos dizer total, e os riscos para as pessoas e para o planeta são cada vez maiores”, referiu, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.

Já o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, levou esta preocupação à 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque (EUA), a respeito da guerra na Ucrânia.

“O conflito também levou ao risco de uma escalada nuclear, uma questão que durante décadas permaneceu, em grande parte, fora da consciência pública”, advertiu o colaborador do Papa.

O responsável assinalou que a guerra na Ucrânia “mina o regime de não proliferação nuclear” e coloca a humanidade diante do “perigo de devastação nuclear, tanto por escalada quanto por acidente”.

“Qualquer ameaça de uso de armas nucleares é repugnante e merece uma condenação inequívoca”, advertiu o cardeal Parolin, no debate geral da abertura da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

OC

 

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