Vaticano: Papa pede orações pela paz, em mundo «marcado por guerras e divisões»

Audiência pública semanal evocou cenários de conflito em vários continentes

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 21 ago 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje, no Vaticano, à oração pela paz num mundo “marcado por guerras e divisões”, evocando cenários de conflito em vários continentes.

“O nosso mundo, marcado por guerras e divisões, precisa mais do que nunca dos frutos do Espírito Santo. Começando pelas vossas famílias e pelos vossos locais de trabalho, levai o amor, a paz e a bondade para a vossa vida quotidiana”, disse Francisco aos peregrinos presentes na audiência pública semanal.

Falando no Auditório Paulo VI, o Papa saudou os peregrinos polacos que, por estes dias, peregrinam até ao Santuário de Nossa Senhora de Jasna Góra, para pedir que conceda ao mundo “o dom da tão desejada paz”.

Por favor, não esqueçamos a martirizada Ucrânia, que sofre tanto. Não esqueçamos o Mianmar, o Sudão do Sul, o Kivu do Norte (RDC) e tantos países que estão em guerra, rezemos pela paz. E não nos esqueçamos da Palestina e de Israel: que haja paz”.

A reflexão semanal foi dedicada ao Espírito Santo, desafiando os presentes a “perfumar” a Igreja e a sociedade com “o perfume de Cristo”.

“Sabemos que, infelizmente, por vezes os cristãos não espalham o perfume de Cristo, mas sim o mau cheiro do seu próprio pecado. Nunca nos esqueçamos que o pecado nos afasta de Jesus”, advertiu.

“Habitualmente, o diabo entra pelos bolsos. Estejam atentos”, acrescentou.

A reflexão falou dos “frutos” do Espírito Santo na vida dos cristãos.

“É bonito encontrar uma pessoa boa, fiel, uma pessoa mansa, que não é orgulhosa. Então, alguém sentirá à nossa volta um pouco da fragrância do Espírito Santo”, indicou o pontífice.

Nesta época de férias, peçamos a graça do Espírito Santo para espalhar, tanto quanto possível e cada um no seu ambiente, a boa fragrância de Cristo na vida dos nossos irmãos e irmãs”.

Foto: Vatican Media

Francisco evocou a passagem dos Evangelhos que relata o batismo de Jesus, no rio Jordão, um momento “muito importante” da revelação divina.

“Toda a Trindade se reuniu naquele momento nas margens do Jordão. Há o Pai que se faz presente com a sua voz; há o Espírito Santo que desce sobre Jesus sob a forma de uma pomba e há aquele que o Pai proclama como seu Filho muito amado”, explicou.

O Papa sublinhou a importância da “unção” do Espírito, realçando que o termo hebraico “Messias” e o termo grego correspondente, “Cristo”, a referentes a Jesus, significam “ungido”.

Após a catequese, Francisco saudou os peregrinos presentes, incluindo os de língua portuguesa.

“Ungidos pelo Espírito Santo, dom inefável do Altíssimo, renovemos o nosso empenho missionário em levar o perfume de Cristo a todo o mundo”, apelou.

No dia da memória litúrgica de São Pio X, Giuseppe Melchiorre Sarto, Papa entre 4 de agosto de 1903 e 20 de agosto de 1914, em cujo pontificado foi publicado o Catecismo da Doutrina Cristã.

Francisco deixou uma mensagem aos catequistas, que “nalgumas partes do mundo são os primeiros a levar a fé”, pedindo orações por eles.

OC

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