Francisco recebeu membros do Movimento Internacional de Estudantes Católicos – Pax Romana e agradeceu-lhes o «empenho na promoção da justiça social e do desenvolvimento humano integral»
Cidade do Vaticano, 20 set 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco exortou hoje, no Vaticano, os membros do Movimento Internacional de Estudantes Católicos – Pax Romana a “envolverem-se no percurso sinodal da Igreja” e a acolher o Ano Santo de 2025 como “uma ocasião especial”.
“Nestes dias, enquanto avançamos no atual Sínodo sobre a Sinodalidade, gostaria de encorajá-los, individualmente e em conjunto, a envolverem-se no percurso sinodal da Igreja, feito de caminho partilhado, de escuta, de participação e compromisso num diálogo aberto ao discernimento e, portanto, a estarem atentos à voz suave do Espírito Santo”, convidou o Papa, na audiência desta manhã.
A segunda sessão da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, na qual vão participar quatro portugueses – entre eles D. José Ornelas e D. Virgílio Antunes, delegados da Conferência Episcopal Portuguesa, o cardeal D. Américo Aguiar e o cardeal Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e para a Educação – realiza-se entre os dias 2 e 27 de outubro.
Segundo o discurso partilhado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco encorajou os jovens a “acolher a próxima celebração do Ano Santo de 2025 como uma ocasião especial de renovação pessoal e de enriquecimento espiritual em união com toda a Igreja”.
“O símbolo eloquente da Porta Santa, atravessada pelos fiéis em Roma, recorda-nos que todos somos peregrinos, todos estamos a caminho, chamados juntos a uma união mais profunda com o Senhor Jesus e à disponibilidade para a força da sua graça, que transforma a nossa vida e o mundo em que vivemos”, salientou.
As celebrações do Ano Santo de 2025 vão decorrer entre 28 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, naquele que será o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.
No encontro com a delegação do Movimento Internacional de Estudantes Católicos – Pax Romana, o Papa agradeceu o “empenho na promoção da justiça social e do desenvolvimento humano integral, inspirado pela fé católica e pela sua visão de um mundo cada vez mais conforme ao projeto de amor para a família humana”.
Lembrando as reflexões do Sínodo sobre os jovens de 2018, em que os encorajou a serem “protagonistas da revolução da caridade e do serviço”, conforme escrito na exortação apostólica pós-sinodal “Christus vivit”,
O Papa sublinhou que a presença e atividade dos membros do Movimento Internacional de Estudantes Católicos – Pax Romana “nos ambientes académicos, nos locais de trabalho ou nas ruas das cidades” persegue o objetivo de os jovens serem “protagonistas da revolução da caridade e do serviço”, assente na exortação apostólica pós-sinodal “Christus Vivit”, “trabalhando para construir um mundo mais solidário, harmonioso e fraterno”.
Francisco deu o exemplo do trabalho de educação e formação realizado pelos centros do movimento em França, na Tailândia e no Quénia, “com base no testemunho do Evangelho e na doutrina social da Igreja”.
“Ao promover um sentido de cidadania global e ao encorajar a ação a nível local, o vosso Movimento prepara os jovens para aprofundarem a sua compreensão das questões sociais mais prementes do nosso tempo e capacita-os para promoverem uma mudança efetiva nas suas próprias comunidades, servindo assim de fermento evangélico”, salientou.
No final, o Papa manifestou o desejo de que a presença da delegação em Roma e o encontro de hoje “sejam uma fonte de renovada inspiração” para o compromisso de “trabalhar pelo desenvolvimento da paz, da concórdia, da justiça, dos direitos humanos e da misericórdia, e assim pela propagação do Reino de Deus neste mundo (Christus vivit, 168)”.
LJ/OC