Vaticano: Papa diz que é tempo de agir para superar desigualdades sociais

Francisco envia mensagem a fundação que trabalha na região africana do Sahel

Cidade do Vaticano, 10 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à intervenção dos “decisores políticos e económicos” para superar as desigualdades sociais, com atenção particular aos países mais pobres.

“Já não é tempo de esperar, é preciso agir! Ninguém pode negar o direito fundamental de cada ser humano a viver com dignidade e a realizar o seu potencial”, indicou, numa mensagem por ocasião do 40º aniversário da criação da Fundação João Paulo II para o Sahel, região da África subsaariana.

Francisco sublinha que o compromisso contra a pobreza é “um ato de caridade”, para os católicos, que nasce da sua fé e do ensinamento de Jesus.

“Cuidar da casa comum e cuidar de cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, são atitudes que andam de mãos dadas. Nascem da caridade e testemunham o amor de Cristo, sinal vivo da caridade”, precisa.

Dirigindo-se ao presidente da fundação, cardeal Michael Czerny, o Papa desejou que este 40.º aniversário “permita identificar, promover e implementar, com determinação, todas as iniciativas necessárias para construir a justiça e a paz para o desenvolvimento humano integral e sustentável de todos os povos do Sahel”.

A Fundação João Paulo II para o Sahel nasceu para ajudar as populações do Burquina Faso, Níger, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Chade, a 22 de fevereiro de 1984.

O organismo integra, atualmente, a estrutura do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, da Santa Sé.

Francisco recorda que alguns países desta região da África ocidental continuam a viver crises que “ameaçam cada vez mais a paz, a estabilidade, a segurança e o desenvolvimento”.

“Estes fenómenos, ligados ao terrorismo, à insegurança económica, às alterações climáticas e às lutas intercomunitárias, exacerbam a vulnerabilidade dos Estados e a pobreza dos seus cidadãos, provocando a migração dos jovens. Este contexto torna a tarefa da Fundação cada vez mais difícil, mas cada vez mais essencial”, aponta.

OC

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