Vaticano: Papa distingue presidente da Itália, homenageando «testemunho de serviço e de responsabilidade» na política

Sergio Mattarella recebe prémio Paulo VI

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 29 mai 2023 (Ecclesia) – O Papa entregou hoje, no Vaticano, o prémio internacional Paulo VI ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, que apresentou como um “mestre” da política, pelo seu “testemunho de serviço e de responsabilidade”.

“A entrega do Prémio Paulo VI ao presidente Mattarella é uma ótima oportunidade para celebrar o valor e a dignidade do serviço, o estilo de vida mais elevado, que coloca os outros acima das próprias expectativas”, referiu Francisco, no Palácio Apostólico, numa celebração com transmissão online.

A intervenção destacou a importância da ação política, sustentando que deve ser caraterizada pelo “serviço”, fazendo “uso da autoridade, em vez de servir pela autoridade”.

O Papa alertou para um “clima de incerteza”, na vida social, em que a “desconfiança facilmente se transforma em indiferença”, apelando ainda a um “compromisso com a legalidade”.

Francisco evocou o ensinamento de São Paulo VI sobre “o sentido de responsabilidade e o espírito de serviço” para defender políticas de paz, de luta contra as injustiças sociais e contra a degradação da natureza.

Sergio Mattarella, de 81 anos, manifestou a sua gratidão pela entrega do prémio, destinando o montante pecuniário associado ao galardão às casas da Comunidade João XXIII atingidas pelas recentes cheias na Emília-Romanha.

O chefe de Estado italiano evocou o “extraordinário contributo” de São Paulo VI (1897-1978), eleito Papa em 1963, para a Igreja e a sociedade.

Presidente da Itália desde 2015, Mattarella aceitou ser reconduzido no cargo em 2022, para evitar um vácuo de poder.

“O povo italiano não esquece a sua renúncia a um merecido descanso, prestado em nome do serviço que lhe é exigido pelo Estado”, disse o Papa.

O prémio é atribuído pelo Instituto Paulo VI, com sede na cidade italiana de Brescia.

Os vencedores das edições anteriores foram Hans Urs von Balthasar, pelos seus estudos teológicos (1984); Olivier Messiaen, no setor da música (1988); Oscar Cullmann, que se dedicou ao ecumenismo (1993); Paul Ricoeur, no âmbito da filosofia (2003); e a coleção “Sources Chrétiennes”, em prol da educação (2009).

OC

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