Vaticano: Papa destacou «poder» da arte, num mundo «dividido e devastado pelas guerras»

Francisco recebeu benfeitores das Artes dos Museus do Vaticano

Cidade do Vaticano, 09 out 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco sublinhou hoje o “poder” da arte, particularmente num mundo “dividido e devastado pelas guerras”, falando aos benfeitores das Artes dos Museus do Vaticano.

“Porque a arte sempre fala à alma, tem o poder de promover o reconhecimento de nossa humanidade comum, de construir pontes entre culturas e povos e de criar o senso de solidariedade de que tanto precisamos em nosso mundo tristemente dividido e devastado pelas guerras”, disse o Papa, na audiência a um grupo de cerca de 300 pessoas, na Sala Clementina, do Palácio Apostólico

Francisco recebeu membros da Fundação Benfeitores das Artes dos Museus do Vaticano, por ocasião dos seus 40 anos, e afirmou que “a arte regenera o espírito humano, assim como a água regenera o deserto seco e árido”.

O Papa lembrou que o objetivo, como benfeitores das Artes dos Museus do Vaticano, é garantir que os tesouros artísticos das coleções continuem a “inspirar, elevar e revelar” as esperanças e aspirações mais profundas do coração humano.

“O trabalho de conservação para o qual vocês contribuem, ao mesmo tempo em que protegem esse precioso legado do passado, também convida as novas gerações a refletir sobre a conexão intrínseca entre arte, história, cultura e fé”, desenvolveu Francisco, renovando o “apreço” pelo apoio dos benfeitores à missão dos Museus do Vaticano e encorajou-os “a perseverar nesse louvável esforço”.

Os ‘Patrons of the Art in the Vatican Museums’ nasceram em 1983, entre a Califórnia e Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, um ano depois da Santa Sé ter promovido nos EUA a exposição itinerante ‘The Vatican Collections. O papado e a arte’.

Atualmente, informa o portal ‘Vatican News’, estes benfeitores estão em vários Estados norte-americanos e em mais de nove países, incluindo Europa e Ásia.

“Caminhemos juntos, como o Papa nos convidou a fazer no Sínodo sobre a Sinodalidade que acaba de terminar. Estamos a caminhar juntos há quarenta anos”, disse o presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Fernando Vérgez Alzaga, na Sala Nova do Sínodo.

A diretora dos Museus do Vaticano, Barbara Jatta, acrescentou que não foi por acaso que quiseram “inaugurar” a conferência na Sala do Sínodo, porque, entre 6 e 10 de novembro, vão dialogar porque “a partir da partilha e das sinergias, criam-se coisas belas para o futuro”.

“Ser benfeitor das artes nos Museus do Vaticano significa ser, em certo sentido, os pais e, portanto, os mantedores e guardiões do património da história, da cultura e da fé que a Igreja nos confiou para que possamos preservá-lo, respeitá-lo e honrá-lo”, desenvolveu.

Os cerca de 300 participantes têm também um programa cultural de visitas às salas dos Museus, ao Palácio Apostólico de Castel Gandolfo e à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, informa o ‘Vatican News’.

CB/OC

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