Liturgia: Exéquias do Papa têm novo rito, simplificando celebrações e exposição aos fiéis

«Ordo Exsequiarum Romani Pontificis» responde a desejo manifestado por Francisco, após a morte de Bento XVI

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 20 nov 2024 (Ecclesia) – O Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice publicou a nova edição do ritual das exéquias do Papa, respondendo ao desejo de maior simplicidade manifestado por Francisco.

“Entre as novidades introduzidas estão a constatação da morte já não no quarto do defunto mas na capela; a deposição imediata dentro do caixão; a exposição à veneração dos fiéis do corpo do Papa já dentro do caixão aberto; e a eliminação dos tradicionais três caixões de cipreste, chumbo e carvalho”, precisa uma nota divulgada pelo portal de notícias do Vaticano.

A segunda edição típica do ‘Ordo Exsequiarum Romani Pontificis’ foi aprovado a 29 de abril de 2024 pelo Papa Francisco, que recebeu o primeiro exemplar do volume impresso a 4 de novembro.

“Uma segunda edição tornou-se necessária, antes de mais, porque o Papa Francisco pediu, como ele próprio declarou em várias ocasiões, para simplificar e adaptar alguns ritos para que a celebração das exéquias do bispo de Roma exprimisse melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado”, explicou o arcebispo Diego Ravelli, mestre das celebrações litúrgicas.

“O rito renovado, além disso, devia sublinhar ainda mais que o funeral do romano pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não o de um homem poderoso deste mundo”, acrescenta, em declarações ao ‘Vatican News’.

Numa entrevista publicada após a morte do seu antecessor, Francisco disse querer um funeral “simples”, à imagem do que foi celebrado em janeiro de 2023, para Bento XVI, e que já escolheu o lugar onde vai ser sepultado – Santa Maria Maior” uma das quatro maiores basílicas de Roma.

As celebrações mantêm as três etapas clássicas: a residência do Papa falecido, a Basílica de São Pedro e o local da sepultura.

A verificação da morte passa a acontecer na capela privada do defunto, em vez do quarto, e a deposição do corpo vai ser feita num caixão único de madeira, com interior de zinco, antes de ser transferido para São Pedro.

Na Basílica do Vaticano, o corpo do Papa defunto é exposto diretamente no caixão e “já não sobre um esquife alto”; durante esta exposição, o báculo papal não será colocado ao lado do caixão.

OC

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