Vaticano: Cardeal reafirma normas para Missas na Basílica de São Pedro e sublinha dimensão comunitária

Orientações dizem respeito a celebrações na forma ordinária e extraordinária

Cidade do Vaticano, 22 jun 2021 (Ecclesia) – O arcipreste da Basílica de São Pedro, cardeal Mauro Gambetti, emitiu hoje um conjunto de orientações para as celebrações eucarísticas, na forma ordinária e extraordinária, destacando a dimensão comunitária da Missa.

A publicação visa reforçar o que foi disposto num comunicado da Secretaria de Estado do Vaticano, a 12 de março, com o objetivo de garantir que as celebrações “decorrem num clima de recolhimento e decoro litúrgico”.

O colaborador do Papa destaca que as celebrações litúrgicas não são ações privadas e recorda aa oportunidade da concelebração, com vários sacerdotes na mesma Eucaristia, face às caraterísticas da Basílica.

Para celebrações com o Missal Romano de 1962, anterior à reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o arcipreste de São Pedro determina que “tudo deve ser feito para satisfazer o desejo dos fiéis e dos sacerdotes”, conforme previsto no Motu Proprio ‘Summorum Pontificum’, de Bento XVI, que entrou em vigor a 14 de setembro de 2008.

“Estou confiante de que o caminho iniciado pode favorecer a cada sacerdote e a cada fiel a possibilidade de viver as celebrações em São Pedro de uma forma cada vez mais ordenada para o bem, o belo e o verdadeiro”, escreve o cardeal Mauro Gambetti.

De acordo com estas disposições, entre 7 e 9 da manhã, os sacerdotes podem concelebrar numa das Missas programadas para os locais estabelecidos, dentro da Basílica de São Pedro, com exceções para memória litúrgica de um santo cujos restos mortais sejam conservados no local, celebrações para grupos de peregrinos ou a forma extraordinária do rito romano.

O responsável do Vaticano pede que os fiéis e grupos façam da celebração da Missa “expressão de fraternidade e não de particularismos, que não refletem o sentido de comunhão eclesial”.

Quanto aos pedidos de celebrações individuais, as orientações destacam o seu caráter excecional, segundo as “intenções e o sentido do magistério”.

A proibição destas celebrações, promovida anteriormente pela Secretaria de Estado do Vaticano, tinha gerado vários protestos.

OC

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