V CEN: Da catequese ao seminário, seis jovens procuraram aprofundar tema da Eucaristia

Participantes valorizaram propostas de reflexão e apontam à aplicação prática, nas comunidades católicas

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Braga, 04 jun 2024 (Ecclesia) – O V Congresso Eucarístico Nacional (CEN), da Igreja Católica em Portugal, que terminou este domingo em Braga, congregou cerca de 1400 participantes de todas as dioceses portuguesas, com diferentes participações e serviços nas suas comunidades, interessados em aprofundar conhecimentos.

“Este Congresso, desde logo, é uma oportunidade para abrir horizontes, compreender a Eucaristia de uma outra forma, usando a tradição e tudo o que nela engloba, e também renovar esta linguagem eucarística”, disse Rúben Pinheiral, jovem de 21 anos que participou no seu primeiro Congresso Eucarístico, em declarações à Agência ECCLESIA.

Para o seminarista da Arquidiocese de Braga, a Eucaristia “deve estar no centro da vida tanto de um cristão”, e de um seminarista ainda mais.

“Tomo a Eucaristia por parte central do meu dia e programo também, a partir daí, o meu dia. Ou seja, olhando a Eucaristia como centro, faço todo o meu dia a partir daí. E nas nossas comunidades de seminário, a Eucaristia, como é óbvio, tem um papel fundamental também para nos recentrarmos naquilo que estudamos”, desenvolveu Rúben Pinheiral, estudante no 3.º ano de Teologia.

David Moura, da Diocese de Vila Real, é Ministro Extraordinário da Comunhão, e tem “o privilégio de perceber o que a Eucaristia faz na vida de cada pessoa que a recebe”, e também na sua própria vida, “desde a participação na Eucaristia Dominical, outras vezes, durante a semana”.

“Mas também os momentos de adoração do Santíssimo Sacramento têm uma importância forte na minha vida. E, sobretudo, fazem-me pensar e decidir coisas a fazer na minha vida, ou decisões a tomar na minha vida, muitas vezes são auxiliadas pela adoração do Santíssimo Sacramento”, acrescentou o entrevistado, destacando que “para os jovens, tem vindo a ser importante”, pelo menos nos grupos de jovens dos quais faz parte.

O V CEN, organizado pela Igreja Católica em Portugal, decorreu de 31 de maio a 2 de junho, em Braga, com o tema ‘Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. «Reconheceram-n’O ao partir o Pão»’.

“Depois de alguns retiros que também tenho vindo fazer este ano, porque não juntar-me quase ao país inteiro para podermos aprender um bocado mais sobre Eucaristia, que é o centro do que nós vivemos. Nem que seja, pelo menos uma vez por semana, nós todos vamos à Casa de Deus”, disse Maria Coelho, da Paróquia de Talhadas, no Arciprestado de Sever de Vouga, na Diocese de Aveiro.

A entrevistada falou à Agência ECCLESIA do final do segundo dia de congresso, no Fórum Braga.

“Eu não tinha noção do que vinha à procura, vim um bocado à descoberta, mas tem sido bastante interessante e está a exceder as expectativas”, realçou a catequista, interessada em “adquirir mais conhecimentos” para poder “transmitir toda esta mensagem, o que é o Eucaristia” às de crianças e aos jovens.

Da Arquidiocese de Braga e também pela primeira vez num Congresso Eucarístico, Inês Rocha respondeu positivamente ao “apelo do pároco” e recorda que esta iniciativa foi divulgada na Paróquia de Ribeirão (Arciprestado de Vila Nova de Famalicão).

“Acabei por vir também por querer conhecer mais sobre o tema, por vezes acabamos por não ter tantas oportunidades para refletir sobre a Eucaristia, e vamos vivendo no dia-a-dia e a cada domingo. Acho importante, pensarmos e aprofundarmos o conhecimento, também numa lógica mais teológica, e beber do conhecimento de quem cá vem e de quem percebe o assunto”, desenvolveu a jovem, de 24 anos de idade.

CB/OC

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

João Pereira e Beatriz Rosa, um jovem casal da Paróquia de São José de Ferreiras, na Diocese de Algarve, são, pela primeira vez, catequistas, estão a “aprender muito”, mas quiseram “aprender mais” no V CEN.

“O tema do congresso, ‘partilhar o pão e alimentar a esperança’, é muito interessante, e isso é que nos levou também a participar, pelo convite do padre Pedro [Manuel], a representar a Diocese de Algarve. É muito enriquecedor esta experiência”, explicou João Pereira.

Beatriz Rosa destaca que na catequese estão com “miúdos de 12 anos e eles têm muitas questões”, por isso, estes novos catequistas, querem também “estar preparados, para responder a todas as questões que eles tenham, e as mais difíceis ficam para o padre Pedro”.

A entrevistada observa que “nem sempre” é fácil estar com adolescentes na Missa, “principalmente depois de terem tido uma hora de catequese”, mas “eles também conseguem surpreender”.

Segundo João Pereira, a envolvência do casal como família e paróquia, “com a comunidade, veio a crescer neste ano”, porque perceberam que estão “aqui para dar algo e esta partilha, esta comunhão, não pode ser só dentro da Missa”.

“Nós temos mais esse momento em casal, portanto é toda uma vida fora da Missa, mas também esse momento de retiro, podemos dizê-lo assim, ajuda-nos também a fazer essa vida em casal, de uma forma mais dentro da vida da Igreja e como seres humanos também nos fortalece”, conclui Beatriz Rosa.

 

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