Ucrânia: Mariupol precisa de «ajuda humanitária» – Metropolita da Igreja Greco-Católica Ucraniana

Responsável visitou feridos da guerra e encontrou coragem e determinação entre os soldados

Foto: risu.ua

Lisboa, 25 mar 2022 (Ecclesia) – O metropolita da Igreja Greco-Católica Ucraniana (UGCC) e arcebispo maior de Kiev, D. Sviatoslav Shevchuk, pediu ajuda para salvar as pessoas e a cidade de Mariupol, à passagem de um mês do início do conflito.

“Hoje, esta cidade precisa de fronteiras humanitárias. Precisa da ajuda da comunidade internacional para romper o cerco e levar ajuda humanitária aos que morrem lentamente de fome”, afirmou o chefe da UGCC em declarações difundidas pelo Serviço de Informação Religiosa da Ucrânia (RISU).

O responsável dava conta da destruição existente na cidade do leste do país, na região de Donetsk, com as ruas “cobertas pelos corpos sem vida de centenas, milhares de pessoas sem ninguém para enterrá-los”.

Do contacto com os cidadãos ucranianos que lutam contra as forças militares russas, e com os feridos, D. Sviatoslav Shevchuk regista a coragem entre os “soldados e mulheres”.

“Nunca vi um rosto triste entre eles. Quando os saudei, quando segurei aquela mão corajosa na minha, enquanto o resto o corpo estava ferido, este soldado, esta pessoa, esta mulher, estava sorrindo e falou-me da vitória da Ucrânia. Todos estavam a pedir orações para que pudessem voltar o mais rápido possível para defender nossa Pátria junto com seus irmãos e irmãs”, afirmou.

O metropolita visitou os soldados ucranianos feridos a quem assegurou a sua oração e manifestou a sua proximidade, garantindo não estarem sozinhos no seu sofrimento.

“Foi único e muito tocante, a nível pessoal, tocar e apertar a mão daqueles rapazes feridos, e rezar com eles. Os seus rostos, os olhos e os seus pedidos brilham com esperança para todos nós. Espero que a verdade prevaleça, que mesmo guerreiros feridos defendam a sua pátria com as orações, pensamentos e palavras de encorajamento para todos aqueles que duvidam ou podem estar confusos”, registou.

D. Sviatoslav Shevchuk pediu ainda que se reze pelos feridos da guerra.

LS

 

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