Ucrânia: Igreja apoia populações em aldeias e cidades em situação de «desastre humanitário» na Diocese de Kiev

Sacerdote assinala que pessoal diocesano também tem ajudado a evacuar as pessoas de «locais perigosos»

Foto: AIS

Lisboa, 30 mar 2021 (Ecclesia) – O padre Mateusz Adamski alertaou que “muitas aldeias e cidades estão em estado de catástrofe humanitária” na Ucrânia, sem água nem comida.

“A equipa diocesana, com padres, irmãs e leigos, entregou água, comida e medicamentos em diferentes locais, onde era necessário e possível chegar. O pessoal diocesano também tem ajudado a evacuar as pessoas que se encontram em locais perigosos”, disse o sacerdote à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, pelo secretariado português da AIS, o padre Mateusz Adamski afirmou que a intervenção humanitária e o voluntariado “estão em perigo devido ao risco imediato de vida”, assumindo a intenção de levar a cabo esta missão “onde for necessário”.

“Nós, como Igreja de Cristo, estamos com o nosso povo que está em perigo, em necessidade, vulnerável, assustado, ferido e fraco”, acrescentou o sacerdote da Paróquia católica de Santo António, em Kiev.

O bispo da diocese latina de Kiev-Zhytomyr, que engloba a capital e as áreas circundantes, é um dos exemplos de quem se recusa a abandonar a população.

“Não podemos estar em mais lado nenhum”, afirmou D. Vitalii Kryvytsky.

A Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza que oferecer assistência humanitária num território sob ataque “significa arriscar a própria vida”, lembrando que o presidente do Município de Hostomel, nos arredores de Kiev, foi morto a tiro quando distribuía pão e medicamentos.

Foto: AIS

Segundo a AIS, para além de água, comida, medicamentos, e por vezes abrigo, também ajudam a socorrer os soldados e os civis feridos, mas para isso são necessárias “doações de sangue”, e destaque para as religiosas da diocese, dadoras regulares, que se prontificaram para ajudar.

O padre Mateusz Adamski, que é o responsável pela ajuda enviada pela Fundação pontifícia AIS, agradeceu o apoio que a organização tem dado à Ucrânia,

“Enviamos a nossa gratidão pela vossa solidariedade e pela unidade na oração. Estas semanas de guerra na Ucrânia foram as mais difíceis e trágicas da história moderna. Estamos convencidos de que Deus está a ajudar-nos a sobreviver a estes tempos difíceis através da vossa oração e da vossa ajuda”, desenvolveu o pároco de Santo António, na capital ucraniana.

A Fundação pontifícia AIS já disponibilizou uma ajuda de emergência de 1,3 milhões de euros para a Igreja na Ucrânia, desde o dia 24 de fevereiro, o início da guerra com a Rússia.

CB/OC

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