Entrevista: «Ter barcos parados e pessoas a morrer no mar às portas da Europa, é uma vergonha» – Francisca Onofre

Responsável portuguesa que coordena o Serviço Jesuíta aos Refugiados(JRS) na Grécia lamenta que a Europa esteja cada vez mais fechada

Em entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia, Francisca Onofre fala dos projetos com que estão a apoiar quase 800 pessoas em Atenas. Diz que o que distingue o JRS é a “hospitalidade”, e como isso é valorizado por quem ajudam, e pelas outras instituições no terreno.

Assistente social e técnica de Educação Especial, de formação, já teve várias experiências de voluntariado, dentro e fora de Portugal. África era o próximo destino com que tinha sonhado, mas foi a Grécia que se apresentou no caminho, aos 33 anos.

Entrevista conduzida por Ângela Roque (Renascença) e Henrique Matos (Ecclesia)

Fotos: Joana Bougard (RR)

 

Está em Atenas desde o verão de 2018. Como é que está a correr esta missão a que foi chamada, de liderar o JRS num país que é uma das portas de entrada dos refugiados na Europa?

Cheguei em setembro. É uma missão muito especial para mim, estar ao serviço do JRS é um grande orgulho. A Grécia continua uma bagunça, embora já não se fale tanto nisso…

Fala-se quando há resgates no Mediterrâneo…

Quando há resgates, ou sobre as ilhas gregas e os campos, que estão em bastante más condições. Mas, não se fala tanto de Atenas, que é onde nós estamos, nem dos refugiados urbanos, que são muitos. São cada vez mais. O governo grego está a tirar pessoas das ilhas, e por isso estamos a ter cada vez mais pessoas em Atenas. Vivem em apartamentos ou na rua, em casas de acolhimento ou em campos. Também não se fala que a Grécia continua a receber semanalmente centenas de refugiados. O país não está totalmente fechado, o que é um ponto positivo, eu acho. Mesmo não tendo muitas condições continuam bastante abertos.

 

Que refugiados urbanos são estes, e que género de trabalho desenvolvem com eles?

São refugiados urbanos porque não vivem em campos, e é completamente diferente o trabalho em campo ou numa cidade, onde os refugiados têm muito mais pontos atrativos. No ‘JRS Grécia’ temos um Shelter, uma casa de acolhimento. Começou como uma casa de acolhimento de emergência, que este ano estamos a transformar numa casa de acolhimento e integração social.

 

É já um passo à frente, digamos assim?

Sim. Temos de pensar que a Grécia já não está propriamente em emergência, apesar de haver ainda muitas situações de emergência. Também temos um programa de educação para adultos, que começámos no final do ano passado e que está a crescer muito, com aulas de línguas e workshops para as pessoas estarem mais informadas. Temos um espaço a que chamamos ‘Tea Time’, que é muito acarinhado por voluntários e pelas pessoas que vão lá.

 

‘Tea Time’ é a hora do chá, de convívio?

É exatamente isso. Temos um ‘Tea Time’ dois dias por semana para homens, e um ‘Tea Time’ dois dias por semana para mulheres. Neste caso trabalhamos muito a parte do empowerment de mulheres. Sem dizermos diretamente o que é que estamos a fazer, continuamos a chamar ‘Tea Time’, mas acabamos por dar uma parte educativa que é bastante importante. Temos, ainda, um Centro Educativo com 200 alunos, com crianças que vão à escola, que são migrantes gregos ou refugiados, onde trabalhamos a integração social e principalmente a dificuldade na língua, porque chegam e não falam grego, e na escola só se fala grego.

 

É um desafio gerir o tempo livre daqueles que estão à espera, depois de viajarem de outro país, trabalhar e valorizar estes momentos de espera?

Sim, e em Atenas trata-se de um momento de espera longo, pode ser de anos. O que tentamos transmitir é que esses anos não sejam uma espera passiva, mas uma espera ativa, em que se vão preparando para a chegada ao destino que tanto desejam, e que é diverso. Maioritariamente é Alemanha, mas já começa a mudar um bocadinho a tendência…

 

Portugal é pouco atrativo?

Portugal começa a ser mais atrativo, porque começam a reparar que Portugal está bastante mais aberto a receber refugiados do que outros países. Para alguns é menos atrativo porque não há uma comunidade de sírios, ou de afegãos. Pode ser mais atrativo talvez para comunidades africanas…

 

Muitos dos que têm vindo para Portugal acabam por seguir para outros países…

Eu acredito que as pessoas gostam de estar onde tenham uma comunidade do seu país, e Portugal não tem ainda uma grande comunidade.

 

Foto: JRS

No trabalho à frente do JRS da Grécia, e nestas várias valências, tem quantos imigrantes e refugiados a seu cargo?

No Magis Stories, que é o tal programa de educação para adultos, temos à volta de 250 pessoas inscritas. No ‘Tea Time’ de homens temos 200 pessoas a irem, no ‘Tea Time’ de mulheres vamos crescendo devagarinho, temos 40 mulheres e bastantes crianças também. Temos programas de educação para crianças que não vão à escola, um grupo de 30, 40, vai oscilando. No Shelter, a comunidade de inserção, temos neste momento cerca de 30 pessoas com crianças, e no centro Pedro Arrupe, que é um Centro Educativo para jovens, temos 200.

 

Há resistência dos refugiados a este esforço por lhes dar formação e lhes ocupar o tempo de forma produtiva? Imagino que haja questões culturais, quando percebem que as mulheres estão a ter acesso a determinado grau de instrução, e os homens são convidados a fazer algo a que não estavam habituados. Como é que vocês fazem esta gestão?

Eu acho que eles são bastante abertos. Têm noção que vêm para um continente que é muito diferente da realidade onde viviam, e por isso vão-se abrindo cada vez mais, devagarinho. As nossas atividades, por exemplo no Magis Stories, de educação para adultos, são abertas para todos. Estávamos com algum receio de não ter mulheres, no entanto temos, o que é ótimo. Por isso temos aulas misturadas, mulheres e homens. No ‘Tea Time’ são muitos homens juntos, o ambiente é um bocadinho mais pesado, por isso decidimos ter um tempo específico para mulheres. Mas, na Grécia, por incrível que pareça, na parte da educação dos jovens não há um grande desequilíbrio entre rapazes e raparigas terem acesso à educação, o que é ótimo. Há menos raparigas, mas porque são menos, não é tanto porque não vão à escola.

 

Entre os refugiados muitas crianças chegam sozinhas. É uma preocupação?

Sim. Chegam sozinhas e muitas ficam durante muito tempo sozinhas. Vão chegando, de vez em quando, alguns jovens que não estão acompanhados, mas não é muito comum. Normalmente crianças ou jovens que não estão acompanhados vão diretamente para centros de acolhimento específicos para eles. Mas acontece, é claro.

 

Mas, estão alerta para o problema do tráfico humano, de que se fala muito relativamente aos migrantes e refugiados? Há crianças desaparecidas?

Há, claro. Há crianças, há mulheres e há homens, o tráfico humano existe. E eu acho que termos as fronteiras fechadas aumenta a probabilidade de que isto exista.

 

É pior do que ter as fronteiras abertas?

Eu diria que sim, que é mais atrativo. Se calhar porque vão como se fosse um convite para tentarem passar fronteiras, e depois pode ser uma coisa completamente diferente.

 

Este assunto nem sempre está na ordem do dia, a atualidade vive dominada por outras aparentes prioridades. Isso reflete-se na condição de vida destas pessoas?

Sim, sem dúvida alguma. Na Grécia este continua a ser um assunto em cima da mesa, constantemente. Noutros países não, o que sai sempre é sempre relativo a campos de refugiados. Fala-se muito em Samos, e com muita razão, porque tem muitos, muitos refugiados acima da capacidade, tal como em Moria, de que também se fala muito. Não se fala tanto de Atenas, mas o governo grego continua bastante atento, e sinto que a tentar melhorar. Mas, é bastante difícil, porque temos de ter em conta que ainda não sairam da crise financeira. É um país que, no geral, não está bem….

 

Há milhares de refugiados na Grécia. Como é que os gregos têm convivido com esta situação?

Vivem com esta realidade há muito tempo, não é uma realidade nova para a Grécia. Claro que, estando numa crise económica há muitos anos, tem de haver um bode expiatório, e os refugiados ou migrantes são muitas vezes o bode expiatório.

Temos uma Europa que está quase totalmente fechada a receber mais refugiados ou migrantes, mas vão aparecendo, a meu ver, projetos extraordinários para os ajudar a ter uma integração mais global, não só na área do trabalho, mas a todos os níveis. Mesmo na Grécia vão aparecendo projetos incríveis, de que não fala tanto, e é uma pena. Fala-se muito no lado negativo, e não nos projetos que existem…

 

Por exemplo?

O ‘Happy Caravana’, um projeto educativo que está a funcionar em mais de quatro campos em Atenas. O fundador é um sírio que trabalhou com o JRS na Síria, antes de ser refugiado na Grécia, e abriu este ‘Happy Caravana’, que é um modo de darem educação às crianças nos campos onde não existe. É um bom exemplo, e como este há muitos mais.

 

A situação é mais dramática nos campos de refugiados do que nestes projetos mais citadinos onde a Francisca está?

Depende do que consideramos dramático. Por exemplo, termos pessoas na rua, mulheres com crianças a viverem na rua, não haver uma segunda resposta a seguir a estarem num Shelter (centro de acolhimento), e por isso passarem de Shelter para Shelter, ou de Shelter para campos, ou de Shelter para a rua… não sei se a situação em meios urbanos não será um pouco mais dramática do que a situação nos campos…

 

Há refugiados em condição de sem abrigo, em Atenas?

Sim e pode vir a haver mais. Existe uma resposta que é dada que são os apartamentos e cash, dinheiro em banco. Esta resposta é sobretudo para as pessoas que vêm pedir asilo, não para pessoas que já têm o estatuto de refugiados. No entanto, em apartamentos e em campos há pessoas com estatuto de refugiado a viver lá e a receber esta resposta financeira. O que se fala é que, até ao final do ano, esta resposta vai parar, ou seja as pessoas que estão em apartamentos vão ser postas não sabemos onde, o que pode aumentar muito a situação de sem-abrigo, principalmente em Atenas. E vão deixar também de dar o tal dinheiro, o ‘cash card’. Se isto acontecer vai aumentar muitíssimo a situação de sem-abrigo em Atenas, porque não há uma segunda resposta. Depois temos as pessoas que estavam nas Ilhas e foram postas no continente, algumas em Resorts ótimos, mas no meio do nada, sem acesso a nada, e que vêm para as cidades à procura de respostas, e por isso chegam em situação de sem abrigo, sem um sítio para ficar.

 

Foto: Lusa

Muitas dessas pessoas chegaram à Europa plenamente convencidas que tinham todo um continente pronto para as acolher e integrar socialmente, porque isso lhes foi passado pelos traficantes…

Não só pelos traficantes, mas também pelas famílias que já estão cá. Eu consigo compreender. Se eu fosse um deles, para não preocupar a minha família, diria que estava tudo bem, e por isso esta é a mensagem que eles vão passando, para não preocupar os que ficaram, mas que cria uma ideia completamente diferente do que é chegar à Europa hoje em dia.

 

O que é que está a falhar mais em sua opinião, é a ajuda que o ocidente devia dar aos países de origem? Ainda há dias, no regresso da viagem a Marrocos, o Papa defendeu que devia haver uma ação concertada dos vários países da União Europeia para responder a esta crise migratória. Qual é a sua opinião?

Neste momento posso parecer louca, mas acho que maioritariamente a culpa do que está a acontecer nos países de origem é nossa, do Ocidente. Se nós fizermos algumas ações poderemos melhorar a qualidade de vida nos países de origem e diminuir a migração. Fecharmos fronteiras, termos barcos parados e pessoas a morrer no mar às portas da Europa é uma vergonha para mim, e não é uma solução. Se pararmos de vender armas e de colaborar com situações que todos nós sabemos que estão a violar direitos humanos, então sim, se calhar estamos a fazer alguma coisa. Outra das minhas opiniões, talvez um bocadinho utópica, é que eu concordo que todo o processo de asilo deveria ser feito no país onde as pessoas desejavam viver, e os outros países deviam ajudar, a nível financeiro ou em organização, os países que recebem mais refugiados. Não é só dar dinheiro à Grécia, que acho que já está visível para todos, não é uma solução. É preciso ajuda organizacional.

 

E a situação da Turquia?

A situação da Turquia é um escândalo, a do Líbano outro escândalo. Na Turquia estão mais de 4 milhões de refugiados, e estamos a falar na Grécia que tem 74 mil. É uma diferença brutal…

 

É uma verdadeira barragem cheia de refugiados que a Turquia pode abrir a qualquer momento?

Claramente.

Alguns países rubricaram o ‘Pacto Global para a Migração Segura, Ordenada e Regular’. É uma “conquista significativa”, como considerou o secretário-geral da ONU, António Guterres?

Eu acho que é uma conquista. Só falarmos disto e discutirmos em conjunto é uma conquista. Se vamos pôr alguma coisa em prática, já não sei, porque ao mesmo tempo que temos este Pacto, estamos a falar em fechar ainda mais fronteiras. Por isso, para mim é um pouco contraditório o que está a acontecer em relação ao Pacto. Se der alguma resposta positiva é fantástico, porque o que saiu é muito bom, é muito importante, agora se depois vamos ou não pôr em prática… mas, seria muito bonito se puséssemos.

 

É um Pacto que não é lei, nem vincula…

Exatamente, é um desejo. Fazia falta que houvesse realmente esse desejo nos países. Então, não necessitaria de ser uma lei, podia ser só um Pacto.

 

Há aqui uma situação paradoxal, que é o facto de serem os países do Sul, considerados “incumpridores” em termos de bom desempenho económico, a acolher mais os refugiados e migrantes e a demonstrar solidariedade. A população das ilhas gregas continua sensível à situação destas pessoas?

Neste momento nas ilhas gregas já não estão muito sensíveis…

 

Porque perderam o negócio do turismo?

Perderam o negócio do Turismo. As ilhas não são uma coisa muito grande, por isso, há um medo muito humano, muito irracional, de sentirem que podem estar a ser invadidos.

Tem havido bastantes protestos hoje em dia, bastantes manifestações, tanto da parte dos refugiados, como da parte das pessoas que vivem, houve algumas manifestações conjuntas, a pedir melhores condições nas Ilhas. Ao mesmo tempo também tem havido algumas manifestações, principalmente nas escolas, de pais gregos que não querem escolas com tanta mistura.

 

Estes protestos também se começam a traduzir em resultados eleitorais em toda a Europa…

Claramente. Vamos ter as eleições europeias, e na Grécia este ano vamos eleições a todos os níveis. A Grécia funciona por municípios, por isso se um município é fechado aos migrantes e aos refugiados, pode não haver respostas, mas se um município é aberto, então pode haver respostas. É um ano bastante sensível…

 

Em Portugal também há mais do que um ato eleitoral este ano. Esta questão deve estar presente na campanha dos vários partidos?

Sem dúvida. Eu tenho imenso orgulho em ser portuguesa e dos projetos que nós temos de acolhimento de refugiados, que vão crescendo imenso. Somos um país que não só temos projetos para acolher melhor, como somos um país que funcionamos muito na sensibilização. Temos muitos projetos só de advocacy, que é uma coisa formidável. Somos um exemplo, a meu ver.

 

As instituições ligadas à Igreja, como é o caso do JRS, continuam a estar na linha da frente da ajuda aos migrantes e refugiados. Na Grécia o trabalho do Serviço Jesuíta aos Refugiados é reconhecido?

É reconhecido, e cada vez mais. Nós só existimos há três anos na Grécia, e na Grécia os cristãos não são tão bem-vindos, não é como em Portugal que somos uma maioria, então há outros trabalhos mais reconhecidos do que os ligados à Igreja Católica. No entanto, vamos sendo reconhecidos cada vez mais no meio das organizações, e no meio dos refugiados. Há muitos que vivem em campos fora de Atenas e que vêm às nossas atividades, ou que vêm pedir ajuda diretamente à JRS, o que é um orgulho enorme.

 

O que é que distingue a JRS das outras organizações, sabendo que não têm a preocupação de fazer qualquer espécie de catequese junto das pessoas?

Eu acho que o que distingue é o saber acolher, a hospitalidade com que todas as pessoas da equipa do JRS – sejam voluntários, sejam trabalhadores, e temos bastantes refugiados que são nossos voluntários também – acolhem cada um. As pessoas sentem-se seguras nas nossas atividades, nos nossos projetos, sentem-se muito bem recebidas, é uma coisa muito especial. Eu diria que é o que temos de mais especial e que o que podemos dar melhor é este saber acolher.

 

É uma marca que procuram passar para as pessoas que auxiliam, mas também no contacto com as outras organizações humanitárias que estão no terreno?

Sem dúvida. Há pessoas e organizações especializadas em várias coisas. Eu diria que o ‘JRS Grécia’ é especializado no acolhimento, por isso acabamos por transmitir o que é este nosso acolher sem fronteiras. Acolhemos tudo. Os nossos projetos não são só para refugiados, são para migrantes – e a Grécia tem muito migrantes -, são para gregos, e só assim conseguimos ter uma integração realmente verdadeira.

 

A Francisca é licenciada em Serviço Social, com pós graduação em Ensino Especial, e tem estado sempre ligada a este setor e ao voluntariado, como nos grandes incêndios de 2017, quando criou a ‘Missão Aqui e Agora’, em Castanheira de Pêra. Alguma vez tinha pensado ir para a Grécia?

Não, estava mais virada para África. Mas, a Grécia pode ser a minha África na Europa…

 

E como é que tem sido responder a este desafio que lhe foi lançado? Que balanço é que faz destes meses?

Eu sou parte da organização, sou trabalhadora (do ‘JRS Grécia’), mas para mim é um tempo de missão. Não é tanto a parte profissional, mas sim o que é isto de viver em missão, onde sinto que sou mais chamada a estar. Tenho um compromisso muito grande em tentar viver e em tentar estar e servir os que mais precisam, por isso acho que é uma sorte imensa ter esta oportunidade. É principalmente isso, tentar viver em missão e acreditar que com o pouco que faço consigo provocar bem no mundo, ajudar algumas pessoas a terem uma qualidade de vida melhor e a reconciliarem-se consigo mesmas, com a sua história, e até com o país que as recebe, neste momento a Grécia.

 

A fé tem algum lugar no meio de toda esta dedicação, esta entrega?

Claramente. Acho que se não fosse a fé, era só loucura. É a fé que me move e é este desejo de tentar seguir Jesus, e seguir a vontade que Deus tem para mim, onde quer que seja.

 

Viver nestes países é um estar em alerta constante, em dedicação permanente. Olha para a sua vida como uma missão, ou é uma experiência?

Eu tento viver a minha vida como uma missão, assim, e tenho cada vez mais a certeza de que é a isso que sou chamada a viver. Se calhar não no conforto, se calhar se tiver que mudar de lugar, mudar. É uma aprendizagem diária, que tenho que confirmar diariamente. Não é assim tão fácil como pensava ao início, mas é um compromisso que fui fazendo e que espero ir conseguindo fazer ao longo da minha vida.

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