Sínodo: JMJ Lisboa 2023 «é já uma experiência sinodal» – irmã Nathalie Becquart

Jovens são convidados a participar na igreja de São domingos, às 16h00, numa «experiência sinodal»

Foto: Media Center JMJ Lisboa 2023

Lisboa 02 ago 2023 (Ecclesia) – A igreja de São Domingos, em Lisboa, acolhe hoje um encontro onde os jovens vão poder experimentar a sinodalidade, numa iniciativa que junta os irmãos da Comunidade Ecuménica de Taizé e todos os jovens que se queiram viver “o espírito sinodal”.

O convite foi feito pela irmã Nathalie Becquart, subsecretária-geral do Sínodo dos Bispos, assegurando haver uma “equipa sinodal disponível para receber todos”, às 16h00.

A responsável deu conta da vontade dos jovens se envolverem no Sínodo e assegurou que a Jornada Mundial da Juventude com a participação de tantos voluntários “não seria possível sem a experiência do Sínodo”.

“Os jovens querem envolver-se no sínodo. Não estaríamos aqui em Lisboa onde encontramos tantos jovens como voluntários, sem a experiência do sínodo. Os jovens precisam de companhia para caminhar, precisam de guias, mas num caminho conjunto com padres, bispos, leigos”, indicou durante um ‘briefing’ no Centro de Imprensa, em Lisboa.

“Os jovens não usam a palavra sinodalidade mas sonham com uma Igreja aberta, uma Igreja de todos, uma Igreja corpo de Cristo, sonham com uma Igreja que mude o mundo e transforme o mundo num lugar de esperança”, acrescentou.

A irmã Nathalie Becquart valorizou o trabalho “alargado” realizado em “paróquias e comunidades que envolveram jovens” e indicou que os encontros continentais que mostraram os temas dos jovens como denominador comum.

O irmão Alois, prior da Comunidade ecuménica de Taizé, sublinhou que o importante é a palavras “juntos”.

Foto: Media Center JMJ Lisboa 2023

“Juntos é a palavra que partilhamos em Taizé. Há uma dimensão profundamente ecuménica no sínodo”, indicou.

O responsável convidou todos a participarem numa iniciativa ecuménica no fim-de-semana que dará início à Assembleia Sinodal, em outubro, com o objetivo de caminhar até à Praça de São Pedro, congregando “todos os que acompanham o sínodo e o apoiaram”.

“Os líderes são convidados a seguir o Papa Francisco, também as pessoas das margens, migrantes, todos que compõem a sociedade estarão presentes no sínodo”, valorizou o irmão Alois.

Pedro Weizenmann, voluntário brasileiro que trabalha no secretariado geral do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, recordou o quanto o encontro, em 2013, com o Papa Francisco, no Rio de Janeiro, o motivou para um trabalho mais próximos das pessoas.

“Nós ouvimos o Papa Francisco a falarmos de ir às periferias, conhecer a realidade das famílias e eu senti-me desafiado. Formei um grupo de juventude numa favela da paroquia de São Paulo apóstolo, em Santos” recorda à Agência ECCLESIA.

O jovem formou-se em ciência política para procurar “concretizar a visão do Papa Francisco”, ir ao “encontro da realidade das pessoas” e “diminuir a pobreza”.

Pedro sublinha ainda que mais do que dar respostas, “a Igreja sinodal faz-se presença.”

“Penso que para implementar o que se escutou não precisamos esperar por outubro, porque cada paróquia e movimento já teve muitos «insights» e podemos ser criativos a nível local”, conta.

LS

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