Sínodo 2023: «É o mundo inteiro a ser notícia e a fazer caminho» – Leopoldina Reis Simões

Portuguesa, que integra equipa internacional da Comunicação, destaca necessidade de envolver «todos» os que ainda se mantêm fora do processo

Leopoldinda Reis Simões.
Foto: Ricardo Perna/Família Cristã

Fátima, 16 fev 2022 (Ecclesia) – Leopoldina Reis Simões, membro da Comissão de Comunicação do Sínodo 2021-2023, disse à Agência ECCLESIA que este processo mostra “o mundo inteiro a ser notícia e a fazer caminho”, admitindo que alguns se mantêm fora do processo lançado pelo Papa.

“Aos vários níveis da comunicação em que estou envolvida ainda há franjas que estão de fora, porque elas próprias não está interessadas, não estão sensibilizadas que é importante participar, pode haver aqui um momento histórico na vida da Igreja, ou porque não conseguimos ainda chegar a elas”, referiu.

A profissional de assessoria de imprensa, relações públicas e comunicação exemplifica que ainda não conseguem chegar a algumas pessoas por elas “estarem longe” ou por “estarem mais incapacitadas”, nomeadamente as pessoas portadoras de deficiência são “uma questão” e os jovens que “estão muito longe da Igreja a viver outras realidades” e são puxados para elas “de forma muito convicta”.

Leopoldina Reis Simões adiantou que equipa internacional da comunicação do Sínodo está satisfeita “com o caminho feito”, como demonstra um relatório com o primeiro balanço da Secretaria Geral, mas ainda “há caminho a fazer”, num processo sinodal que está a ser feito de “uma maneira diferente”.

“É o mundo inteiro a ser notícia e a fazer caminho. E isso trouxe muitas dúvidas, mesmo em sacerdotes, que dizem que não acreditam que o processo chegue a Roma, e seja efetivamente ouvido. Os leigos também, até porque muitos problemas que a Igreja tem passado, as pessoas personalizam muito aquilo que acontece”, desenvolveu.

Foto: Synod.va

“Como que perdem a esperança, e a desesperança é uma coisa muito triste”, acrescentou.

Leopoldina Reis Simões observa que comunicação do Sínodo procura ser uma resposta ao apelo do Papa à participação, pelo discernimento, e “as formas de discernir são muito diferentes”, com vários recursos a serem criados em diferentes países.

A entrevistada faz parte da equipa de oito pessoas responsável pelo processo sinodal na Diocese de Leiria-Fátima, onde reside, e realça que a nível local a ideia também “é fazer com que todos participem”, com iniciativas diferentes, umas de formação, e outras de interação, “para que haja envolvimento das pessoas” desta Igreja – comunidades, paroquias, grupos e movimentos – e as formas de participação também têm ritmos diferentes.

A assembleia sinodal convocada pelo Papa Francisco tem como tema ‘Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’, e vai estar em destaque, este domingo, no Programa ECCLESIA, na rádio Antena 1 pelas 06h07, e no ‘70X7’, na RTP2, a partir das 17h30.

OC/CB

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