Setúbal: Seminário diocesano assinala 25 anos a formar sacerdotes para a missão

Atual reitor destaca obra impulsionada por D. Manuel Martins que tem dado «tantos frutos» às comunidades locais

Setúbal, 15 nov 2017 (Ecclesia) – O Seminário Diocesano de Setúbal está a assinalar 25 anos de existência, uma obra que sempre foi muito ansiada pela Igreja Católica local e que tem formado sacerdotes para a missão, num território com necessidades muito específicas.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o reitor daquela casa realça a importância de preparar padres que consigam atender a desafios sociais como a pobreza e o desemprego, mas que tenham também capacidade de evangelização e integração numa “diocese multicultural”, onde “a comunidade católica é uma minoria”.

“O perfil de um sacerdote nesta diocese é sempre de alguém que é um missionário, que como o Papa Francisco nos diz, leve o Evangelho na alegria do Senhor. E portanto todo o processo formativo tem em conta este objetivo”, explica o padre Rui Gouveia.

As origens do Seminário Diocesano de Setúbal remontam a 1976, aos primórdios da diocese sadina, através do empenho de D. Manuel Martins.

No entanto, só a partir de 1992 é que a comunidade católica local teve de facto uma primeira estrutura, com o nascimento do Seminário de Maria Mãe da Igreja.

Antes disso, os candidatos ao sacerdócio continuavam a fazer a sua formação fora do território da Diocese de Setúbal, nomeadamente no Patriarcado de Lisboa.

Em 1999, um acordo entre estas duas partes permitiu passar o Seminário de São Paulo, em Almada, para a Diocese de Setúbal, dando lugar à realidade que hoje se mantém.

“Quando se olha para uma estrutura diocesana que foi fundada pelo D. Manuel Martins, que acaba de partir, e percebe-se que neste gesto tão grandioso surgiram tantos frutos para a nossa diocese, só podemos estar gratos porque foram 25 anos de graça”, considera o padre Rui Gouveia.

Atualmente o Seminário Diocesano de Setúbal conta com um grupo de seis seminaristas, que nesta Semana dos Seminários foi reforçado com dois jovens ucranianos que vão completar aqui a sua formação.

“O grande motivo destes seminaristas virem para cá é por uma necessidade pastoral de acompanhamento de comunidades ucranianas que estão aqui emigradas e que trabalham aqui e que, como católicos de rito oriental, têm o direito de ser assistidas por um pastor”, aponta o reitor.

Esta tarde, a partir das 15h00, na RTP2, o Programa ECCLESIA dá a conhecer a realidade do Seminário Diocesano de Setúbal e dos seus alunos.

Os desafios que se colocam à formação dos novos sacerdotes, com destaque para a questão do celibato e da preparação afetiva, entre outras abordagens, numa reportagem feita  no contexto dos 25 anos do Seminário sadino mas também da Semana dos Seminários que está a decorrer até ao próximo domingo.

Para o padre Rui Gouveia, esta Semana dos Seminários é uma oportunidade de abrir a instituição ao exterior e passar o desafio da descoberta da vocação.

“Nós vamos visitar diversas comunidades paroquiais, tentamos ir à celebração eucarística, vespertina ou dominical, visitar alguns grupos quer de jovens quer da catequese e, de alguma maneira, dar a conhecer o que é o Seminário, provocar perguntas e tentar respondê-las, e porque não, fazer provocações a nível vocacional”, complementa.

A Semana dos Seminários é também um dos temas em destaque no Semanário ECCLESIA que vai ser publicado esta sexta-feira.

JCP

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