Setúbal: Diocese promoveu recenseamento nas Eucaristias dominicais, visando novo mapa territorial

«Temos de conhecer a realidade do terreno e das pessoas a quem nos dirigimos» – D. Américo Aguiar

Setúbal, 19 mai 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal promoveu entre sábado e hoje um recenseamento da participação nas Eucaristias dominicais, visando a elaboração de um “novo mapa territorial”.

“Para tomarmos decisões, temos de conhecer a realidade do terreno e das pessoas a quem nos dirigimos, porque senão podemos estar a gastar-nos e a desgastar-nos sem estarmos a corresponder à realidade do território onde estamos”, refere o bispo sadino, D. Américo Aguiar, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O recenseamento da prática dominical promoveu a recolha de dados estatísticos, que vão ser colocados ao dispor da Comissão Diocesana do Novo Mapa.

Nas quase 200 celebrações que nas 57 paróquias do território que compreende atualmente a Diocese de Setúbal, cada um dos participantes foi convidado a responder a um inquérito com nove perguntas, em papel ou em formato digital, que procuravam conhecer não apenas a frequência da eucaristia ou se comunga, mas também a proveniência, naturalidade e a escolaridade, entre outros aspetos.

“Estamos a fazer um percurso que a Comissão do Novo Mapa está a trabalhar como proposta, até para assinalar os 50 anos da diocese, e há coisas muito importantes para serem feitas, indispensáveis para essa proposta, e um deles é o recenseamento da prática dominical que aconteceu neste fim-de-semana”, sublinhou D. Américo Aguiar.

O cardeal agradeceu “a participação de todos os que, nas celebrações, colaboraram, e também a todos os que, na logística deste recenseamento, ajudaram”.

O trabalho desta comissão, que teve início com um inquérito às paróquias, tem como objetivo preparar o mapa territorial da diocese a partir dos próximos tempos.

“Para se projetar o futuro, temos de respeitar o passado e conhecer o presente, e nós só podemos ser mais assertivos naquilo que venha a ser o mapa do futuro se soubermos quem somos, quantos somos, como somos, de onde somos, como é que circulamos, em que celebrações participamos, para entendermos a mobilidade destes homens e mulheres que constituem a diocese de setúbal e podermos projetar esse futuro”, considera o bispo sadino.

O bispo de Setúbal destaca ainda que este é mais um momento de “sinodalidade” na diocese.

Esta sinodalidade implica a participação de cada um. Ninguém está dispensado de ter estes incómodos, de rasgar papeis, de responder, e há de ser com a colaboração de todos que chegaremos ao fim e teremos uma proposta mais próxima das exigências que o futuro nos vai colocar”.

O cardeal D. Américo Aguiar lamenta que, após o último recenseamento nacional de 2011, não se tenha voltado a recorrer a esta ferramenta.

“O recenseamento, por muitas falhas que tenha, não é para saber se somos bons ou maus, se estamos a crescer ou diminuir, é uma fotografia do momento, e essa realidade será instrumental para se tentar perceber o futuro”, conclui o responsável católica, que participa na visita ‘Ad Limina’ que decorre no Vaticano, a partir de segunda-feira.

OC

Setúbal: Diocese promove recenseamento à prática dominical, para reconfigurar mapa territorial (c/vídeo)

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