São Vicente de Fora: «Se querem fugir ao calor, venham para o Mosteiro» – Joana Santos Coelho

Património inigualável em Lisboa tem «atividades ao longo de todo o ano»

Lisboa, 01 ago 2024 (Ecclesia) – A coordenadora do Mosteiro de São Vicente Fora, do Patriarcado de Lisboa, explica que dinamizam “atividades ao longo de todo o ano” mas, depois, vão adequando as iniciativas às épocas, tempos e datas/efemérides, como também acontece em agosto.

“Nós temos atividades ao longo de todo o ano, depois vamos adequando à época em que nos inserimos. E em agosto isso também acontece, como, por exemplo, o nascimento de Santo António. Temos a visita guiada, dita clássica, mas, depois, também temos as visitas temáticas, concertos, temos peddy-paper, visitas-jogo”, disse Joana Santos Coelho, esta quinta-feira, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A coordenadora do Mosteiro de São Vicente Fora, da Igreja Católica na capital portuguesa, salienta que têm uma programação que “vai ao encontro de vários gostos e de várias gerações também”, num dos “espaços mais frescos da cidade” de Lisboa.

“Se querem fugir ao calor, venham para o mosteiro: É um ótimo refúgio. E depois, para variar, e mesmo para aproximar os vários elementos da família, as várias gerações da família, eu acho que é uma ótima opção.”

Joana Santos Coelho, coordenadora de atividades, destaca algumas das iniciativas que vão promover ao longo deste mês, como as visitas noturnas, nos dias 3 e 24 de agosto, onde a vista, do terraço da igreja “sobre Lisboa iluminada acaba por ser única”, no final do percurso.

“Só pelo facto de ser noturna faz com que tenhamos outra perspetiva do espaço. A solenidade do espaço acaba por ficar ali enaltecida, e, para além disso, estas visitas terminam no terraço da igreja, uma vista a 360 graus sobre Lisboa”, realçou.

Já “no último domingo do mês”, dia 25, dinamizam a chamada “visita guiada clássica”, a partir das 11h00, e “qualquer pessoa se pode inscrever”.

O mosteiro lisboeta vai receber também três concertos: Um concerto de órgão, no dia 10, e, segundo a entrevistada, “o órgão de São Vicente de Fora é o segundo maior órgão histórico do país, são quase três mil tubos”, e dois concertos “mais diferentes”, os ‘Candlelight’, à noite nos claustros, “um de fado e outro com música dos ABBA”.

Foto Agência Ecclesia; Capela de Santo António no Mosteiro de São Vicente de Fora

Joana Santos Coelho lembra também o peddy-paper que vai assinalar o nascimento de Santo António, no dia 15 de agosto, e explica que “pouca gente sabe o Mosteiro de São Vicente de Fora foi o primeiro mosteiro onde viveu”, entre “2 a 5 anos” quando entrou para a Ordem dos Agostinianos.

“A nossa ideia é que as pessoas aprendam de forma divertida, como foi a sua passagem para aquele espaço, e um bocadinho também sobre o que era a vida num mosteiro medieval, no período em que ele ali viveu”, adianta.

Ainda no contexto das comemorações dos 850 anos da chegada a Lisboa das relíquias de São Vicente (1173-2023), o Mosteiro de São Vicente Fora, no âmbito do encerramento das celebrações vai inaugurar uma exposição de pintura sobre o padroeiro principal da cidade e da diocese, a 13 de setembro, e, dois dias depois, 15 de setembro, dinamizam uma “visita-jogo para famílias”, que foi desenhada para famílias, mas “qualquer pessoa pode participar”.

“A nossa ideia é levar as pessoas a descobrirem de forma divertida mais coisas sobre o mosteiro, ou sobre algum santo em específico, ou sobre a temática que ali é escolhida”, acrescenta a coordenadora.

 

Joana Santos Coelho, que também faz parte da equipa da Pastoral do Turismo – Portugal (PTP), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), destaca que o Mosteiro de São Vicente de Fora “diz muito aos portugueses, fala muito sobre a história de Portugal”.

“Onde se inclui também a história da Igreja, da qual faz parte. E depois é uma joia fabulosa, é um património que inigualável”, salientou a entrevistada do Programa ECCLESIA, desta quinta-feira, 1 de agosto, na RTP2.

“A realidade atual do Mosteiro de São Vicente de Fora é que 90% dos visitantes são estrangeiros: Encontra-se no coração de Lisboa, na fronteira entre Alfama e a Graça, e, portanto, o turista que por ali passa vai entrando, e com a nossa programação tentamos também puxar o público português.”

PR/CB

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