Santarém: Pastoral juvenil quer continuar dinamismo e implicar os jovens no presente da Igreja

Encontro «After Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023» na diocese de Santarém vai perguntar aos jovens o que esperam da Igreja e o que a Igreja espera deles

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Santarém, 30 set 2023 (Ecclesia) – A Pastoral juvenil da diocese de Santarém organizou hoje um encontro «After Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023» para que o dinamismo e a participação dos jovens não se perca e para que a “união possa continuar”.

“A Jornada começou antes e foi de um grande crescimento nas semanas anteriores. Tive uma grande abertura espiritual, antes não estava perto da Igreja, e agora estou. Espero que a Igreja consiga manter este espírito vivo e que os jovens possam ser ativos, porque a sua mentalidade pode ser transformadora na Igreja católica. Para a minha paróquia foi uma grande transformação, e queremos continuar isso. Temos de dar continuidade à Jornada”, conta à Agência ECCLESIA o jovem Alexandre Moura, que foi coordenador do comité paroquial da Chamusca.

“Estamos a fazer acontecer as Jornadas. Unimo-nos muito e notou-se a entreajuda entre todos”, acrescenta ainda o jovem participante no encontro deste sábado que quer ouvir os jovens.

O encontro, que decorre na casa Madre Luísa Andaluz, em Santarém, quer “lembrar o dinamismo e agradecer a experiência da JMJ”, explica o padre Ricardo Conceição.

“Quisemos começar já com um encontro onde se quer agradecer, lembrar as histórias e aventuras na preparação e na semana da JMJ, e dar início a um processo de escuta dos jovens, para perceber o que há-de ser a pastoral juvenil nas paróquias e diocese”, conta o coordenador da pastoral da juventude de Santarém.

Os jovens vão ser convidados a participar numa mesa de café, onde vão lembrar o impacto da jornada, mas também falar do que esperam da Igreja, o que a Igreja espera deles.

“Vamos iniciar este processo que depois se prolonga nas paróquias, e pretende juntar-se a outros jovens, ouvir a comunidade e os seus pares. A escuta decorre com iniciativas e tarefas a desenvolver nas comunidades até à Jornada Diocesana da Juventude”, explica.

O responsável sublinha que este é também o tempo para a Igreja dar-se conta da presença de tantos jovens, alguns que “trabalharam imenso durante a preparação da JMJ”, outros que se aproximaram de “Deus e das comunidades”; por isso o objetivo é investir o dinamismo “em ordem ao futuro, renovando o entusiasmo”.

“Desejo muito que tudo o que aconteceu permita dar conta da presença dos jovens Dizemos que podem andar afastados, mas os motivos são culpa nossa. Queremos aproveitar o que eles entendem fazer, dar espaço para isso, e podemos dizer que são eles a decidir o que fazer daqui para a frente, juntamente a propostas e atividades que temos pensadas”, explica o padre Ricardo Conceição.

Teresa Duarte, 16 anos, da paróquia de Vila Chã de Ourique, dá conta de uma experiência transformadora que viveu na JMJ Lisboa 2023.

“Na minha paróquia havia muito voluntários e eu ajudei muito também. Não recebemos peregrinos, mas vivemos todos juntos esta experiência, íamos todos os dias juntos para Lisboa, aprendi muito com outros estrangeiros, aproximei-me mais de Deus e fiquei motivada para continuar”, conta, esperando participar nas próximas edições.

Teresa Gonçalves, coordenadora da vigararia de Almeirim durante a preparação da JMJ Lisboa 2023, valoriza as muitas pessoas que reconheceu como cristãs.

“Foi possível conhecer muitas pessoas e com muito trabalho de preparação, criamos boas relações e conhecemos outros cristãos na Igreja perto de nós. Espero que a Igreja continue a dar espaço aos jovens, tal como tem sido até aqui, mas com o apoio de todos”, afirma.

Maria Rodrigues, Comité Organizador Diocesano e do Secretariado da pastoral juvenil de Santarém afirma com esperança o futuro da Igreja que se mostra “aberta” e “intergeracional”.

“Vejo um futuro promissor. A JMJ deu a oportunidade de serem os jovens a fazer e a Igreja a confiar nos jovens para fazerem acontecer. Que o pós jornadas reflita uma abertura da Igreja aos jovens para serem agentes de futuro e uma intergeracionalidade que se viveu nas jornadas. Abrir à restante comunidade que foi o que a jornada nos permitiu fazer”, valoriza.

CB/LS

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