Rádio: «Foi dada como morta, mas está mais viva do que nunca», afirma presidente do Conselho de Gerência da Renascença (c/vídeo)

Relação com o ouvinte «é o segredo» para continuar a cativar as pessoas, afirma cónego Paulo Franco no Dia Mundial da Rádio

Lisboa, 13 fev 2024 (Ecclesia) – O presidente do Conselho de Gerência da Renascença disse à Agência ECCLESIA que a rádio “está mais viva do que nunca” e tem na capacidade de “criar relação” com os ouvintes o segredo para o sucesso.

Para o cónego Paulo Franco, o Dia Mundial da Rádio, que hoje se assinala, é uma ocasião para “toda a sociedade” olhar para a rádio, que “foi dada como morta, mas está mais viva do que nunca”.

“O meio para que os conteúdos de rádio cheguem às pessoas pode mudar, como tem mudado, mas os conteúdos permanecem”, afirmou.

O presidente do Conselho de Gerência da Renascença lembra que “já não se ouve rádio apenas através das antenas, das ondas hertzianas”, mas os conteúdos que são produzidos chegam aos ouvintes “muitas outras formas, nomeadamente do mundo digital, que está a crescer exponencialmente”

“Há muito mais rádios exclusivamente digitais do que rádios em antena tradicionais”, lembrou.

O cónego Paulo Franco sublinha que a “ligação empática” e a “envolvência da audiência” é o segredo para o sucesso do meio rádio, valorizando a “criatividade e capacidade dos animadores e locutores” de rádio, que o fazem “com muita arte e com muita beleza”.

“Uma rádio que não consiga criar relação e trazer o ouvinte para dentro do produto rádio, é impossível conseguir captar o ouvinte e chegar ao coração do ouvinte”, afirmou.

Sobre a Renascença, o presidente do Conselho de Gerência referiu que, para além das três rádios – Renascença, RFM e Mega Hits – o grupo tem 13 rádios digitais e divulga “outros conteúdos que, não sendo de antena, são difundidos através de podcasts e aplicações digitais”.

“A Renascença, de caracter generalista com um objetivo informativo, formativo, musical e também de entretenimento, é uma rádio muito desafiadora. Foi com esse objetivo que a Igreja, através do saudoso monsenhor Lopes da Cruz, que em 1937 começou as emissões regulares da Rádio Renascença, encontrou aí um veículo para a missão da Igreja: através do princípio humanista cristão, formar a sociedade com critérios e com uma visão cristã dos acontecimentos, que ajude as pessoas a uma leitura cristã da vida”; afirmou.

O cónego Paulo Franco sublinhou que a Renascença “não é uma rádio de conteúdos religiosos, não é uma rádio que possa fornecer às pessoas conteúdos meramente espirituais, é uma rádio generalista, com critérios que levem as pessoas a uma leitura crente da realidade”.

Presidente do Conselho de Gerência da Renascença desde finais de setembro de 2023, o cónego Paulo Franco disse à Agência ECCLESIA que assumiu esta missão no espírito de “doação ao que a Igreja pede”, valoriza o facto de se fazer “rodear das pessoas especialistas nas várias áreas e nas várias matérias” e tem por objetivo garantir aos sócios, a Igreja Católica, “que o projeto da Rádio Renascença continua hoje, como a há 85 anos, a cumprir a sua missão”.

A entrevista ao cónego Paulo Franco é emitida no programa Ecclesia desta terça-feira, Dia Mundial da Rádio, na RTP2, pelas 15h00.

O Dia Mundial da Rádio assinala-se no dia 13 de fevereiro desde 1946, quando foi criada a rádio das Nações Unidas, e este ano tendo por tema “Rádio: Um século informando, divertindo e educando”.

HM/PR

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