CIRP manifestou «total proximidade para com todas as vítimas e o seu profundo sofrimento» e destaca trabalho do Grupo VITA
Fátima, 20 nov 2024 (Ecclesia) – A Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) informa que também alargou o “prazo de apresentação dos pedidos” de compensação financeira de vítimas de abusos sexuais, até 31 de março de 2025, “em comunhão com a Conferência Episcopal Portuguesa”.
“Manifestando total proximidade para com todas as vítimas e o seu profundo sofrimento, a Assembleia garante que serão acolhidos todos os pedidos que sejam feitos após o término deste período”, explica a CIRP, na mensagem final da sua Assembleia Geral, realizada esta segunda e terça-feira, dias 18 e 19 de novembro, em Fátima.
Segundo o comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal refletiu sobre o processo de atribuição de compensações financeiras às vítimas de abusos sexuais, “que está em curso no seio da Igreja Católica em Portugal”, e acolheu “o alargamento do prazo de apresentação dos pedidos até 31 de março de 2025”, e manifesta “comunhão com a Conferência Episcopal Portuguesa” (CEP).
A CEP anunciou o alargamento, até 31 de março de 2025, do prazo para pedidos de compensação financeira de vítimas de abusos sexuais por membros do clero ou em instituições eclesiais, no final da sua assembleia plenária, no dia 14 de novembro.
A Assembleia Geral da CIRP agradeceu o “trabalho competente” desenvolvido pelo Grupo VITA, que acompanha situações de violência sexual de crianças e adultos vulneráveis na Igreja Católica, e destaca o “acolhimento às vítimas e seu acompanhamento”, e a formação e capacitação das estruturas eclesiásticas em Portugal.
A Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal no contexto do Jubileu 2025, o próximo Ano Santo sa Igreja Católica, que tem como tema ‘Peregrinos de Esperança’, manifestou o desejo de que “este tempo de festa seja vivido com abertura aos desafios do mundo de hoje em atitude de esperança ativa”.
Neste sentido, anunciam uma celebração comum para “todos os consagrados em Portugal”, no dia 1 de março de 2025, em Fátima, e propuseram a realização do ‘Jubileu dos Artistas’, a 28 de junho de 2025, “como contributo para um apelo à paz”, um projeto que vão divulgar oportunamente.
A XXXVIII Assembleia Geral da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), com o tema ‘Missão Partilhada’, reuniu 180 participantes: Superiores maiores, religiosos e leigos convidados pelos Institutos Religiosos, e elementos dos secretariados regionais e comissões nacionais.
Sobre o programa desta reunião geral, no primeiro dia, membros da Conferência Espanhola de Religiosos (CONFER) ajudaram “a refletir sobre a Missão Partilhada como um processo de comunhão para a missão”, no plenário concluíram que “é necessário confiar e acreditar nos leigos como destinatários do mesmo carisma fundacional”.
O segundo dia de trabalhos, para os superiores maiores dos Institutos Religiosos, contou com o delegado da CEP para a Vida Consagrada, D. Rui Valério, patriarca de Lisboa; o presidente da direção da CIRP destacou alguns pontos que “não podem sair do horizonte da reflexão e ação” destes institutos.
“Os crescentes problemas sociais, nomeadamente o drama da habitação e da pobreza; as guerras que proliferam e continuam a matar inocentes e a destruir sonhos; e a urgência do cuidado com a Casa Comum de forma a não comprometer a vida das gerações futuras”, indicou o padre Adelino Ascenso, destaca a nota recebida.
A CIRP informa também que conheceram o programa para o 40.º Encontro Nacional da Vida Consagrada, de 2 a 4 de março de 2025, com o tema ‘Sinais de esperança da Vida Consagrada no mundo’, e definiram “aspetos práticos” para a Semana do Consagrado (26 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025).
A segunda assembleia geral da CIRP deste ano “aprovou o orçamento” desta conferência para 2025; no próximo ano, estas reuniões gerais vão realizar-se a 27 e 28 de maio e 17 e 18 de novembro.
CB/OC