Portugal: JMJ Lisboa 2023 vai ter um «impacto estrondoso» em todo o país (c/vídeo)

Envolver jovens «dentro e fora das comunidades» da Igreja, famílias e pessoas mais velhas são passos dados pelas dioceses de Lisboa, Santarém e Setúbal, que se preparam para acolher participantes entre 1 e 6 de agosto

Lisboa, 01 ago 2022 (Ecclesia) – As dioceses de Lisboa, Santarém e Setúbal, que vão acolher os jovens participantes na JMJ Lisboa 2023 entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023, afirmam que a chegada de delegações juvenis de todo o mundo vai ter um grande impacto no dia a dia e na economia destas regiões.

“Não conseguimos imaginar o que vai ser o dia 1 de agosto de 2023. Vai ter um impacto estrondoso. Visualmente, chegarem milhares de jovens a estas cidades, vai fazer com as pessoas, que se calhar nem se aperceberam que as JMJ iriam acontecer, percebam: transportes, as ruas, a vida, a alegria e o convívio vão ser impressionantes. Até a nível da economia local que terá de dar suporte a estas pessoas que querem comer, passear, ver museus, conhecer o país”, disse à Agência ECCLESIA João Clemente, responsável pelo Comité Organizador Diocesano (COD) de Lisboa.

A diocese de Lisboa, juntamente com as dioceses de Setúbal e Santarém, vão acolher os jovens durante os dias da JMJ Lisboa 2023, enquanto as restantes dioceses do país organizam os «Dias nas Dioceses», com programas a decorrer entre os dias 26 a 31 de julho de 2023.

João Marques, do COD de Setúbal, indica a “oportunidade” para toda a Igreja, “não só para os jovens”, que a preparação e acolhimento da jornada significam.

“O objetivo é que chegue efetivamente a todos, independentemente da sua idade. Na perspetiva de acolhimento contamos com as pessoas que não se enquadram na faixa etária à qual se destina a jornada para tudo o que é necessário: para o acolhimento de jovens, no voluntariado, na mobilização de toda a comunidade. O que queremos é que a JMJ seja um fator de congregação e que junte toda a comunidade em torno desta proposta”, elucida em entrevista ao programa ECCLESIA.

Maria Rodrigues, com funções na comunicação do COD de Santarém, explica que as pessoas mais velhas têm “lembrado a importância de rezar pelas JMJ” e fala do desafio de chegar aos jovens fora das comunidades.

“O seu envolvimento na preparação pode fazê-las aproximar da vida cristã ativa. Procuramos os jovens fora das igrejas e dos movimentos, e também procuramos chegar às famílias. Quem não participa ativamente nas Jornadas lembra-nos a importância de rezar pelas JMJ”, destaca.

Os COD desconhecem ainda o número de participantes que vão acolher nas dioceses e centram as suas atenções na mobilização, preparando-se também para acolher nos próximos meses a peregrinação dos símbolos da JMJ.

A diocese de Lisboa, que será a última a acolher a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, quis propor “aos comités vicariais” a peregrinação da “pequena cruz, símbolo da JMJ e entregue a cada COD”.

“Propusemos aos comités vicariais que a cruz mais pequena, a cruz do COD de Lisboa, que foi entregue a cada COD, percorresse as paróquias e, desde novembro de 2021, que a cruz dinamiza e congrega. Aquele pequeno símbolo que já passou por prisões, hospitais, centros sociais, escolas e espaços públicos, lares de idosos, é uma oportunidade grande de dinamizar e promover a Jornada”, recorda João Clemente.

João Marques reconhece que embora muito envolvidos com a preparação da JMJ Lisboa 2023, o COD de Setúbal quer olhar mais à frente e “projetar o futuro”, sublinhando como ingredientes a “motivação e confiança” dada aos jovens nos três anos de caminho desde o anúncio do país de acolhimento.

“Não podemos estar a trabalhar tendo como horizonte os dias 1 a 6 de agosto de 2023, mas pensar no futuro, e desde já na mobilização que fazemos nas paróquias e de que forma poderá ela ser continuada no período pós jornadas. Queremos mesmo que as JMJ tragam frutos para as paróquias”, indica.

João Clemente recorda que depois do sínodo dos jovens, que decorreu em outubro de 2018, a organização das JMJ é a “concretização prática de como se podem envolver os jovens na Igreja”.

“No caso de Lisboa, a média etária são 26/27 anos o que prova que os jovens se querem envolver e ajudar a construir o projeto”, explica.

A organização da JMJ Lisboa 2023 assinala a distância de um ano da realização da jornada, com a campanha “Vemo-nos em agosto de 2023!”, que tem por figura central o Papa Francisco e é um convite a participar e acolher a Jornada Mundial da Juventude, em Portugal.

HM/LS

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