Portugal: Diálogo com dioceses marca novo plano do Secretariado Nacional dos Bens Culturais

Fátima Eusébio assumiu funções na direção do organismo da Igreja Católica

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Viseu, 09 jan 2024 (Ecclesia) – A nova diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), da Conferência Episcopal Portuguesa, que assumiu funções no início de 2024, aponta como prioridade para o trabalho dos próximos três anos o diálogo com cada diocese.

“Vou estudar os dossiês e dar continuidade a muitos dos projetos que foram iniciados e desenvolvidos pelos diretores anteriores. Pretendo, essencialmente, orientar muito estes três anos para o diálogo com as dioceses”, disse Fátima Eusébio, à Agência ECCLESIA, sobre as novas funções que está a iniciar neste mês de janeiro de 2024.

A nova responsável pelo SNBCI, diretora do Departamento de Bens Culturais na Diocese de Viseu,desde 2007, considera que o diálogo “contribuiu muito para a valorização” da ação, nesta área, procurando sempre “desenvolver um diálogo com as paróquias, e com as outras instituições da cidade”.

“Neste caso de um Secretariado Nacional, é muito importante que haja um diálogo muito frequente com as dioceses, com os vários serviços vocacionados para esta área em concreto, por forma também que se consiga no futuro que todas as dioceses tenham estes serviços e tenham pessoas alocadas em permanência”, desenvolveu, salientando a importância de se desenvolver “um trabalho de continuidade e não apenas intervenções pontuais e esporádicas”.

Fátima Eusébio realça ainda que esse diálogo com as dioceses e os serviços diocesanos serve ainda para “fornecer instrumentos de trabalhos” e outras orientações que sejam possíveis “a nível nacional nas áreas do inventário, conservação e restauro, arquivo, bibliotecas”, o que contribui também para “motivar os serviços a desenvolverem projetos por sua iniciativa”.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

A nova diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja salienta que se tem “investido muito na formação, na sensibilização”, e é preciso juntar a isso a palavra “operacionalizar”, porque “é preciso cada vez mais encontrar estratégias para se operacionalizar nas várias áreas”.

A entrevistada acrescenta que “os recursos são muito escassos”, tanto a nível humanos como financeiro, e “nem sempre se podem ter as soluções ideais”, mas é preciso ser realistas porque “há sempre algumas soluções e algo que se pode ir fazendo”.

Maria de Fátima Eusébio foi nomeada para estas funções pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a 16 de novembro, e vai acumular o SNBCI com a direção do Departamento de Bens Culturais da Diocese de Viseu e a direção da revista ‘Beira Alta’.

“Como é evidente’ é um desafio que decorre do que o Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu realizou ao longo dos nossos 16 anos. É um contributo que sou chamada a dar para a Igreja que espero que corresponda às expectativas para esse serviço”, disse a nova diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA, na RTP2.

Fátima Eusébio, também diretora do Tesouro-Museu da Catedral, é licenciada em História e tem mestrado em História de Arte em Portugal na Faculdade de Letras da Universidade do Porto; realizou um doutoramento, pela mesma universidade, tendo, no ano de 2008, concluído o curso de especialização em Ciências Documentais; entre 1994 e 2007 foi professora na Universidade Católica Portuguesa.

PR/CB/OC

 

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