Portugal: Atribuição do Prémio Pessoa ao cardeal Tolentino Mendonça distingue o «contributo para uma cultura de busca de sentido e de convergência»

Bispos portugueses felicitam o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação 

Foto Ricardo Perna/JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 14 dez 2023 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) felicitou o cardeal D. José Tolentino Mendonça pela atribuição do Prémio Pessoa 2023, sublinhando o seu “contributo para uma cultura de busca de sentido e de convergência”.

“Bem haja, D. José Tolentino, pelo seu precioso contributo para uma cultura de busca de sentido e de convergência, no mundo complexo e diversificado em que vivemos, alimentando o sonho de um futuro de dignidade, justiça e paz para toda a humanidade, próprias do tempo de Natal que estamos a preparar”, afirma numa nota, assinada pelo presidente da CEP, D. José Ornelas, enviada à Agência ECCLESIA.

No documento, a CEP “felicita o cardeal José Tolentino Mendonça pelo seu agraciamento com o Prémio Pessoa 2023”, considerando que este reconhecimento representa “uma justa homenagem” ao prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, do Vaticano.

Os bispos de Portugal afirmam que o cardeal madeirense é um “expoente da cultura contemporânea”, no país e na Igreja, com “repercussão cada vez maior no contexto internacional”.

“A sua forma de ser e de exprimir, com o rigor académico da sua formação e com a veia poética que caraterizam as suas obras literárias e a sua atuação, revela um pensamento claro, interrogante e desafiador dos grandes temas da contemporaneidade, à luz de um humanismo celebrativo e inquieto, onde se reflete a sapiência do Evangelho”, acrescenta o documento.

O cardeal D. José Tolentino Mendonça recebeu hoje o Prémio Pessoa 2023, reconhecendo o seu “papel significativo na vida cultural e científica do país”.

Para D. Manuel Clemente, patriarca emérito que recebeu o Prémio Pessoa em 2009, o cardeal Tolentino Mendonça é uma “manifestação da humanidade no seu melhor”.

“Felicito vivamente o Cardeal Tolentino pelo seu Prémio Pessoa, tao justamente merecido. Ele é, entre nos e além fronteiras, uma expressão bela e convincente do que a cultura e a arte podem ser, como manifestação da humanidade no seu melhor”, disse o cardeal D. Manuel Clemente numa declaração enviada à Agência ECCLESIA.

O cardeal D. Américo Aguiar enviou também uma reação à atribuição do Prémio Pessoa a D. José Tolentino Mendonça, afirmando que é “motivo de alegria e regozijo”.

“O Prémio Pessoa é uma instituição… Juntar o meu irmão cardeal Tolentino ao irmão cardeal Manuel Clemente é motivo de alegria e regozijo. Parabéns ao galardoado e ao júri por mais uma vez nos sinalizar o que de melhor temos e somos … Portugal é os portugueses”, escreveu o bispo de Setúbal.

Para o patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, é um orgulho “ver uma vez mais reconhecido o valor humanista e cultural do cardeal José Tolentino de Mendonça”.

“Um homem de uma fé profunda e de um pensamento único. O exemplo vivo do melhor que a Igreja tem. Como bem refere a ata que lhe atribui o Prémio Pessoa 2023, o cardeal Tolentino é um ‘humilde e generoso peregrino da esperança0′”, escreve o patriarca de Lisboa.

O bispo do Funchal, diocese de onde é natural o Prémio Pessoa 2023, saudou a atribuição do prémio  a D. José Tolentino Mendonça, afirmando que o cardeal “é um verdadeiro intérprete não apenas do ser madeirense como também do espírito português e, sobretudo depois de assumir as funções de prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, expressão do universalismo que caracteriza a Igreja Católica”.

“Com esta atribuição, passa a integrar a lista de ilustres portugueses que ao longo de tantas décadas se têm distinguido na vida científica, artística ou literária nacional”, acrescenta o comunicado publicado na página da internet da Diocese do Funchal.

D. Nuno Brás acrescenta que “é uma honra” contar com o cardeal Tolentino Mendonça “entre os seus filhos ilustres”.

De acordo com a ata do júri do Prémio Pessoa, presidido por Francisco Pinto Balsemão, José Tolentino de Mendonça “tem sido um humilde e generoso Peregrino da Esperança” e “projeta uma visão do mundo norteada por uma espiritualidade que pretende acolher, compreender e transcender as dilacerações, conflitos e sofrimentos da Humanidade”.

Fizeram parte do júri do Prémio Pessoa, uma iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Emílio Rui Vilar, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques; para além de Pinto Balsemão, como presidente, Paulo Macedo foi vice-presidente do júri.

PR

Notícia atualizada às 20h30

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