Portugal: 12 cidades acolheram «Caminhada Pela Vida 2024»

Bispos de Aveiro, Braga, Évora, Lisboa, Porto e Viseu convidaram comunidades diocesanas a participar na iniciativa

Foto: RR

Lisboa, 06 abr 2024 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa Pela Vida (FPV) promoveu este sábado uma caminhada, em 12 cidades do país, “por todas as vidas humanas”, principalmente pelo “mais fracos e os mais vulneráveis”.

José Maria Seabra Duque, da Federação pela Vida, disse à Renascença que a iniciativa teve, em Lisboa, um “balanço muito positivo”, especialmente quanto à adesão dos jovens.

“É para nós um sinal claro de que há uma geração cada vez mais alerta para a urgência de defender a vida. A geração jovem, ao contrário do que dizem, não está adormecida e não está desinteressada, talvez não esteja interessada nos temas que os políticos acham que lhes interessam. E um dos temas que os move com muita clareza, como vimos hoje, é a defesa da vida”, referiu.

Perante o início da legislatura e o novo xadrez parlamentar, Seabra Duque mantém a expectativa de que ainda seja possível revogar a lei da eutanásia, pedindo ainda “apoios para as mulheres grávidas em dificuldade” e “condições às famílias para educar os seus filhos”.

Vários bispos portugueses divulgaram mensagens de apoio e convite às suas dioceses para participarem nesta iniciativa.

“‘Sempre pela vida’ é o tema da nossa caminhada, em que, em conjunto, nós vamos levar bem alto o nosso agradecimento por esse dom tão maravilho, por esse dom que nos sintoniza uns com os outros, mas, particularmente, a vida é o principal caminho de verdade, a principal via para chegarmos até Deus”, disse o patriarca de Lisboa.

D. Rui Valério começa por assinalar que “a vida é o grande dom que Deus criou e ofereceu ao mundo e particularmente à humanidade”, e convida, “com grande veemência, a participar nesta caminhada”.

Da catedral de Évora, D. Francisco Senra Coelho convidou “todos, todas, a participar na marcha da vida”.

“Chegou-nos o eco de um país europeu, a França, da consignação constitucional do direito ao aborto, de facto é um retrocesso civilizacional, uma preocupação grave. Saibamos ser sim à vida, que Portugal responda neste sim à vida. Évora levanta-te, participa, vai ao encontro e mostra a tua opção pela vida”, pediu o arcebispo.

Da Diocese do Porto, chega o apoio do bispo diocesano “à Caminhada pela Vida, uma organização da “muito dinâmica Federação Portuguesa Pela Vida”.

“A nossa sociedade ocidental que criou os direitos humanos, tão belos, tão evangélicos, infelizmente, a nível da vida está a desprezá-la. Os que acreditamos na vida, quer os católicos, quer outos homens e mulheres de boa vontade, somos chamados a dizer que não há valor nenhum superior ao valor vida”, desenvolveu D. Manuel Linda.

Numa mensagem publicada no sítio online da Arquidiocese de Braga, D. José Cordeiro destaca que “é dever de todos”, de um modo particular dos cristãos, “defender sempre a vida e promover a dignidade de todos os seres humanos”.

“Participar na Caminhada pela Vida é, por isso, um gesto que demonstra, antes de mais, gratidão por este dom que Deus nos dá e é, sobretudo, um alerta para que todos se sintam comprometidos em erradicar na nossa sociedade tudo aquilo que representa um atentado à vida e à dignidade dos filhos de Deus”, escreve o arcebispo de Braga.

Em Viseu, a Caminhada pela Vida é organizada pela Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV), informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA; o bispo diocesano sublinha que a “vida é um dom preciso”, que se deve estimar, valorizar e dignificar.

“A vida do nosso semelhante deve ser respeitada, só ele tem autonomia para poder decidir o que é melhor pela sua vida. Nós devemos colaborar, ajudando a dignificar a sua vida e a respeitá-la, a vivê-la em plenitude da concepção à morte natural; Que sejamos todos a favor da vida”, acrescenta D. António Luciano.

O bispo de Aveiro gravou a sua mensagem na Vigília Pascal quando os cristãos celebram “a morte e a ressurreição de Cristo”, sobretudo a “vitória da vida”.

“A vida tem sentido, desde o momento da conceção até à morte natural nós queremos caminhar pela vida em todas as sua dimensões e queremos caminhar pela vida sobretudo apoiando os mais frágeis”, destacou D. António Moiteiro, no seu convite.

Federação Pela Vida que promove a ‘Caminhada Pela Vida’, uma iniciativa da sociedade civil, representada pela Plataforma das Caminhadas Pela Vida, contabiliza que, em 2023, “mais de 27 mil pessoas caminharam em todo o país pela VIDA”, “desde o momento da conceção até à morte natural”.

A “Caminhada pela Vida” surgiu em 1998 em Portugal, por ocasião do primeiro referendo do aborto e, em 2012, a Federação Portuguesa pela Vida tomou a decisão de a realizar anualmente.

LFS/ CB/OC

Notícia atualizada às 23h55

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