Património: Formação, acolhimento e comunicação marcam nova fase do projeto «Rota das Catedrais» (c/vídeo)

Fátima Eusébio adianta que estão a trabalhar no percurso temático «Catedrais de Portugal» para propor aos visitantes

Agência ECCLESIA/LFS

Lisboa, 19 nov 2024 (Ecclesia) – A diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja afirmou que o património mostra a identidade e a mensagem cristã e disse que a nova fase do projeto ‘Rota das Catedrais’ vai apostar na formação e na comunicação.

“Esta nova fase será objeto de um novo acordo de cooperação, que deverá ser assinado entre o Estado e a Igreja. Estamos a trabalhar naquilo que serão os conteúdos, que contemplarão componentes que já vinham do acordo anterior, e agora vão introduzir esta vertente que vai permitir ligar as catedrais entre si, e desenvolver uma proposta de percurso para aqueles que nos queiram visitar e fazer como temática as catedrais de Portugal”, afirmou Fátima Eusébio em declarações à Agência ECCLESIA.

A ‘Rota das Catedrais’, iniciada em 2009 com um protocolo celebrado entre a Conferência Episcopal (CEP) e o Estado Português, centrou-se em “urgências” de requalificação, de conservação e de restauro do património, na “realização de obras nas catedrais”.

Para Fátima Eusébio, ainda “há muita necessidade de obras”, mas é “necessário um projeto mais de comunicação: acolher e mostrar esta rota”.

Em entrevista emitida hoje no programa Ecclesia, na RTP2, a diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI) adiantou que a nova fase do Projeto ‘Rota das Catedrais’ inclui “uma componente de formação”, centrada no acolhimento e na partilha de “elementos basilares do edifício”.

Fátima Eusébio salienta que a “comunicação é muito importante”, por isso vão desenvolver “um novo site” para o Projeto ‘Rota das Catedrais’, com conteúdos atualizados sobre cada catedral, “para além da informação histórica ou artística, também o simbolismo do património”, vão renovar “a base fotográfica”, e criar uma “nova logomarca”, “passível de uma utilização vasta em suportes diversificados e que vai unir todas as catedrais”.

A diretora do SNBCI destaca também a importância de uma nova sinalética, “que vai incorporar essa logomarca, e que seja de “proximidade”, um trabalho que vão desenvolver com os municípios, com “informação muito genérica da catedral, sempre bilíngue”, para além de incorporar a divulgação, por exemplo, de exposições.

A diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI) de Portugal lembrou que o património é importante para “mostrar a identidade e proposta de mensagem” do cristianismo para a humanidade.

 A Igreja tem uma oportunidade, através do seu património, de mostrar aquilo que é a sua identidade e de mostrar aquilo que é até a sua proposta de mensagem para a humanidade e, depois, tudo isto fica de acordo com quem entra nestes espaços e observa”, afirmou.

A diretora do SNBCI, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), considera “uma oportunidade” o turista que entra numa igreja quando a comunidade cristã faz a sua vida litúrgica normal, salientando que essa pessoa precisa de ser orientada.

“Conciliar aquilo que é o espaço de oração com a componente da visita é perfeitamente possível e é muito importante até que o turista veja que há celebrações nas nossas igrejas e que o turista veja que há pessoas a rezar, porque isso dá a compreensão integral de que aquele espaço não é estático ou que é um espaço museológico”, desenvolveu, salientando que querem que os visitantes vejam a igreja habitada “como uma expressão de uma Igreja viva”.

No Programa ECCLESIA, transmitido hoje, dia 19 de novembro, na RTP2, destacou ainda a importância de “novos desdobráveis, com uma linguagem gráfica também renovada e atrativa”, porque querem uma comunicação “mais inclusiva”, audioguias para cada uma das catedrais, e que não debitem “informação sucessiva”.

HM/CB/PR

 

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