Francisco disse que evitar falar mais dos outros «nas suas costas» é ser criador de paz
Cidade do Vaticano, 22 dez 2022 (Ecclesia) – O Papa Francisco encontrou-se hoje com os trabalhadores do Vaticano e pediu-lhes para serem “artesãos da paz” no ambiente familiar e laboral, desejando que o recomeço após a pandemia aconteça com serenidade.
“O longo período da pandemia deixou as suas marcas. Não só consequências materiais, económicas; também deixou marcas na vida das pessoas, nas relações, na serenidade das famílias. Por isso, hoje desejo-vos serenidade acima de tudo: serenidade para cada um de vós e para as vossas famílias”, afirmou o Papa.
Francisco lembrou sobretudo os jovens, os filhos e as filhas dos trabalhadores do Vaticano, lembrando que “sofreram com o encerramento, acumularam muita tensão”. “É normal, é inevitável. Mas não devemos fingir que nada está a acontecer, devemos refletir, tentar compreender, porque sair melhor da crise não acontece por magia, é preciso trabalhar sobre nós próprios, com calma, pacientemente”, afirmou.
Este é o primeiro desejo que me vem à mente, saindo da pandemia. Desejo-vos serenidade, nos vossos corações, nas vossas relações familiares, no trabalho. Serenidade”.
O Papa disse depois aos trabalhadores do Vaticano para serem “testemunhas e artesãos da paz”.
“Partindo do ambiente em que vivemos, das nossas relações com os nossos colegas, de como lidamos com incompreensões e conflitos que possam surgir no trabalho; ou em casa, na esfera familiar; ou mesmo com amigos ou na paróquia. É aí que podemos concretamente ser testemunhas e artesãos da paz”, disse o Papa.
“Semear a paz. E como? Por exemplo: evitando falar mal dos outros ‘nas suas costas’. Se fizéssemos isso, seríamos criadores de paz em todo o lado! Se alguma coisa está mal, falemos diretamente com a pessoa em questão, com respeito, com franqueza. Sejamos corajosos. Não finjamos que nada está errado e depois falemos sobre ele ou ela com outras pessoas. Sejamos francos e honestos. Tentemos fazer com que isto corra bem”.
O Papa agradeceu aos trabalhadores do Vaticano e desejou um “feliz Natal para todos”.
PR