Natal: D. Rui Valério evoca «terrível guerra» e «complexa crise» que atingem humanidade

Bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu à «Missa do Galo» na Basílica de Mafra

Mafra, 25 dez 2022 (Ecclesia) – O Bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu na última noite à Missa do Galo, na Basílica de Mafra, destacando os conflitos e as crises que afetam a humanidade, neste Natal.

“Somos enviados, a partir do Presépio, ao encontro da humanidade que está envolvida numa terrível guerra e deitada no leito penoso de uma complexa crise. Crise social, mas também humanista. Vamos, pois, ao encontro da humanidade neste ano de 2022”, referiu D. Rui Valério, numa homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A celebração, na noite de Natal, contemplou o rito da luz e a adoração ao Menino.

“Não tenhas medo nem da morte, nem do pecado, nem da ameaça do vírus, nem do futuro da humanidade. Porque o nascimento de Jesus acontece dentro do tempo da nossa vida, onde todo o ser humano realiza e vive a sua humanidade”, disse o responsável aos participantes.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança deixou um “forte apelo aos valores e à ética”.

“Tanto a guerra na Ucrânia, como os atentados à vida e à dignidade do ser humano perpetrados no sagrado solo pátrio se revelaram autênticos ‘inimigos’ que apenas as armas do caráter, da espiritualidade e da ética conseguem vencer”, indicou.

É, pois, maravilhoso contemplar o Nascimento de Jesus como projeto de uma nova humanidade, donde irrompe um dinamismo espiritual e ético para trilhar o caminho da sua realização, encarnando cada um na sua vida e ação os critérios próprios de Jesus Cristo, assentes na vontade do Pai”.

D. Rui Valério considerou que a guerra e a pandemia “vieram despertar o mundo para a cultura da solidariedade”, lamentando que, em muitas regiões, a sociedade seja uma “fábrica de pobreza, de desemprego e de marginalização”.

“Tão necessária como a paz é a restituição da confiança aos corações atemorizados de cada ser humano. Sejamos todos nós impelidos a tudo colocar nas mãos de Deus e que Ele, em conformidade com o nosso carisma, nos confirme artífices da confiança”, prosseguiu.

A homilia sublinhou a centralidade da “dignidade humana”, questionando a “desvalorização do ser humano e da sua vida”.

OC

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