Missão País, Missão Feliz

Leonor João, Agência ECCLESIA

Foto: Agência ECCLESIA/LJ

Podia enumerar uma lista de boas surpresas que a Agência ECCLESIA me trouxe desde outubro, mas hoje destaco a Missão País. As palavras, marcadas pela inexperiência que deve notar ao longo deste meu 2º artigo de opinião, receio que fiquem aquém do que vivi durante dois dias.

Até este mês de fevereiro, desconhecia este projeto católico de universitários. Socorri-me das reportagens da Agência para preparar dois dias de Missão País para, em conjunto com o meu colega e repórter de imagem João Gralha, nos fazermos à estrada e recolhermos a essência das pessoas, lugares e ambientes e, no fim, reunirmos tudo num programa. Foi este o desafio que nos foi lançado.

Apesar de os materiais que assisti transparecerem o clima de encontro, fé, alegria e vontade de estar ao serviço, nada como o contacto no terreno, para perceber os jovens, quando dizem que a Missão País é uma experiência transformadora.

“Redescobri-me e redescobri outro tipo de felicidade que não é só momentânea. A felicidade dos idosos parece que é muito mais calorosa do que a felicidade de sair à noite”; “A Missão tornou-me na pessoa que sou hoje. Foi das melhores coisas que me apareceu na vida” foram alguns dos comentários que ouvi de missionários.

Nos olhos era possível ver-lhes o entusiasmo, a entrega e o desejo de construir e ser Igreja. Além da emoção, que num lar em Albergaria dos Doze tomou conta destes jovens, que foram surpreendidos pelos idosos na despedida da missão e não deixaram escapar as lágrimas. Demonstraram uma vez mais do que a Missão País é feita.

“Logo desde o primeiro dia, eu comecei a tratá-las por avós, elas a tratarem-me por neto […] Nem eu estava à espera de, de repente, em cinco dias ter uma ligação tão forte com alguém que nunca tinha visto na vida”, disse Tomás, um dos missionários, afastado há 10 anos da Igreja.

Do lado dos idosos, Joaquina Sousa Canelas, de 86 anos, fez o convite para que quando os universitários tenham oportunidade, regressem para visitá-los.

Esta é a Igreja em que acredito. A Igreja da proximidade, dos afetos, do encontro, do caminhar juntos. A Igreja viva.

A vocês, jovens, de que a Igreja e o mundo precisam, como a terra precisa da chuva; a vocês, jovens, que são o presente e o futuro. Sim, precisamente hoje, Jesus diz: não tenham medo! Não tenham medo!” – Papa Francisco (Missa de Envio, JMJ Lisboa 2023)

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