Migrações: Voluntária dedica-se aos migrantes para que «não contem apenas como números para as estatísticas»

Rufina Garcia, do secretariado Diocesano de Migrações de Portalegre Castelo Branco, escreveu o seu testemunho na Semana Nacional de Migrações

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Portalegre-Castelo Branco, 13 ago 2020 (Ecclesia) – Rufina Garcia, do secretariado Diocesano de Migrações de Portalegre Castelo Branco, há 12 anos que se dedica aos migrantes “de forma voluntária” para que não sejam apenas “como números para as estatísticas”. 

“O trabalho diário que venho desenvolvendo, voluntariamente, com Migrantes e Refugiados, ao longo de quase 12 anos, muito em jeito de Acolhimento, Escuta, Compreensão, Aprendizagem mútua, e, principalmente, de não permitir que contem apenas como números para as estatísticas, pois, são “Pessoas como tu, como eu, como nós”, escreveu no testemunho divulgado pela Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM).

A voluntária refere que este trabalho diário foi fundamental para a proximidade e para “vencer medos e preconceitos”.

“Durante todos esses anos, foi fundamental perceber como a aproximação diária e o servir, independentemente da religião, da cultura, da língua, dos costumes,  permitiram vencer medos e preconceitos de parte a parte; aliás, obstáculos que  impedem fortemente de nos aproximarmos e de servimos com Amor, e, como conseguiram quebrar barreiras, valorizar o desconhecido, o diferente e fazer Caminho juntos”, destaca.

No seu testemunho escrito, Rufina Garcia defende que “é urgente” a bondade e a ajuda parta “sarar feridas tão profundas” que os migrantes e refugiados trazem.

“Perante uma situação que parece não ter fim e que tende a agravar-se e a aumentar,  é, pois, urgente, que, sem medo e sem preconceitos, nos aproximemos e que consigamos  ver em cada um dos Migrantes e dos Refugiados, o rosto de Jesus Cristo e ter a bondade e a humildade de abrirmos o nosso coração, num servir constante e generoso, capaz de envolver todos(as) num Amor que dignifique e adoce, e, que, igualmente, ajude a sarar as feridas tão profundas que trazem desenhadas no rosto e no olhar”, conclui.

A Igreja Católica em Portugal promove até 16 de agosto a Semana Nacional de Migrações, inspirada pela mensagem do Papa Francisco, ‘Forçados, como Jesus Cristo a Fugir’, procurando apresentar “testemunhos de vida” sobre a realidade das deslocações forçadas, por causa da pobreza ou da guerra.

SN

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